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Fluminense Football Club

Tetracampo Brasileiro
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sábado, 30 de abril de 2011

"O show tá começando": suspense, emoção e drama a espera de um final feliz.

Eu sempre achei que o futebol se assemelha a um espetáculo. Não digo isso necessariamente pela qualidade do jogo dentro das quatro linhas, mas pela própria composição do evento. 

Sem que às vezes se perceba, há tanto investimento e dramaticidade quanto em qualquer produção cinematográfica hoolywoodiana, peças e musicais da Broadway ou nas novelas nacionais. Nas partidas de futebol há vilões e mocinhos, suspense, fraternidade, romance, lições de vida... Efeitos (ou defeitos, né Engenhão??) especiais e astros convidados como Dom Romero fazendo a festa dos/as torcedores/as na ala Leste. Enfim, todos aqueles ingredientes de um bom roteiro, peça ou folhetim.

E meu Fluminense tornou-se daqueles diretores ou atores com talento para testar nos nervos e os corações de suas plateias, levando as tensões e os clímaxes ao limite. Nelson Rodrigues disse que o Fluminense era o único com vocação para a eternidade. Na certa, se estivesse vivo, o mais ilustre tricolor gostaria muito do time de guerreiros - capaz de produzir tramas tão mirabolantes quanto o dramaturgo - e reconheceria o lugar dele na história do Flu. E que história!

Ontem (porque começou na noite de 28 e acabou na 1ª hora do dia 29), no jogo contra o Libertad (PAR), não foi diferente. Havia um frisson no ar. A presença maciça dos tricolores num dia e horário ingratos já era o prenúncio, pois muitos duvidaram que encheríamos o Engenhão para continuar levando nosso time no colo.


Mas lá estivemos em grande número e resistimos aos apagões, incertezas e atrasos. E que apagão! O jogo já ia começar, Fred e He-Man já no círculo central e o juiz pronto para apitar o início, quando os refletores da ala Oeste do Engenhão se apagaram. Dessa vez foi mais diícil entender os motivos que no Fla-Flu do último domingo — afinal, nem chovendo estava!





Era o revés para apimentar o começo da história. Nesse primeiro ato conturbado, fizemos aquilo que fazemos de melhor: mostrar o orgulho de ser tricolor. Mosaico lindo pra deixar os outros com inveja! Não que as outras torcidas não façam festas tão bonitas quanto as nossas, mas a nossa é sempre mais. 


Guerreiros acalentados e incentivados na penumbra, voltam para o vestiário. A expectativa era pelo cancelamento do jogo enquanto cantávamos pelo acendimento de "mais uma luzinha daquela lá!". Retomado o fornecimento de energia voltam os guerreiros a campo, aclamados, sob uma nova armadura: a grená, da cor do sangue do encarnado. O prenúncio que a noite exigiria miligres.



O jogo começa, o Flu vai pra cima, envolve o Libertad e aos 4" Rafael He-Man Moura marca. Êxtase tricolor!


Melhor que isso só o time não levar gols em casa ou oferecer ao público um espetáculo tranquilo para compensar o atraso no início da partida.... Ah, se fosse assim não era o Flu!


Após o intervalo veio a frouxidão, a perda do meio-campo, o empate, o desespero. Até que as jogadas de Marquinho e Conca garantiram uma feliz volta para casa pouco depois de 1 hora da manhã! O que me importava se eu tinha que estar de pé as 5:30h para ir trabalhar? *risos* Sem contar que eu moro relativamente perto do Engenhão, imagine os demais...



Os especialistas atestam hoje nos jornais a inclinação masoquista do time de guerreiros. Eu só acho que o Flu dos guerreiros ainda é um time de altos e baixos. Em compensação, o talento dos jogadores pode fazer a diferença, como se deu com os gols que garantiram a vitória.

Apesar de o time não ter jogado bem, as partidas de ida da Libertadores não foram boas para os times brasileiros, não. Cruzeiro fez 2x1, mas começou perdendo o jogo; Grêmio perdeu o jogo em casa, além de afastar Carlos Alberto; o Internacional empatou fora; e o Santos ganhou com saldo mínimo. De tal forma que estamos até no lucro podia ter sido pior. Embora todos esses times estejam disputando as finais dos campeonatos de seus estados, já o Flu...

Depois da partida de ontem  eu confirmo: poucas coisas no mundo são melhores que assisitr ao jogo do time de coração. Eu precisava daquele momento, daquela catarse, de gritar, de pular, de xingar! Foi bom demais!

Agora, é juntar os cacos, arrumar o que não funcionou na partida, e especialmente Ricardo Berna e Fernando Bob merecem sempre o apoio da torcida. Porque, falha por falha, eu já teria enforcado o Frederico 2789 vezes desde que ele chegou no Fluminense! *risos*

Vale dizer, e isso é muito importante, que os resultados de Enderson Moreira tem sido cada vez mais positivos. Apesar de odiar estatísticas (de qualquer natureza), seus resultados estão melhores que os apresentados pelo ex-técnico em 2011. Sem contar que nas entrevistas após o jogo ele tomou para si a responsabilidade da má atuação de Fernando Bob e ainda pediu desculpas ao garoto.

Agora, é esperar o jogo de volta no Paraguai, torcer muito pelo Flu para que a gente se encontre logo com o parceiro Vélez Sarsfield nas quartas-de-final da Libertadores, rumo a um final feliz para essa história!

Graças a Deus sou Tricolor,
Babi

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