♪ Guerreiros! Guerreiros! Guerreiros! Time de Guerreiros! ♫
Fluminense Football Club

Tetracampo Brasileiro
- 1970 1984 2010 2012

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Tempo de plantar, tempo de colher

Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, 
a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial. 
Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão. 
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. 
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente. 

CORTAR O TEMPO



2013, Seu Lindo!
Babi

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Virando a página...

Umas vezes é mais difícil que outras... Algumas vezes dá mais preguiça... Noutras, as feridas parecem que nunca vão parar de sangrar... Mas a vida sempre encontra um jeito de prosseguir, as dores sempre são amenizadas — ainda que não sarem por completo. O tempo, senhor da cura, tem um ritmo muito particular, mas uma hora as dificuldades começam a deixar de ser empecilhos.

Não é simples. Nunca foi. E ninguém, jamais, disse que seria. Saudade e simples assim são duas expressões de enorme complexidade, que guardam em comum apenas o S em seus inícios... E vida que segue. E se não, oras... façamos como se diz em Nova York: "Supere isso e, se não puder superar, supere o vício de falar a respeito".

Recebi uma mãozinha para pensar sobre isso... Literalmente.



"Rio de Janeiro, 27 de novembro 2012
Meu nome é Andressa Santos tenho 4 anos e estudo no Brizolinha 
gostaria de ganhar no Natal uma boneca"


Meus problemas todos tão gigantes, você tão distante e tudo o mais ficaram tão menores diante dessa mãozinha esquerda. Ainda tenho tanto... A vida ainda tem tantas possibilidades... Para que viver o vício de ficar remoendo o passado? 

O mundo das gentes grandes pode ser bem difícil às vezes — ô, se é! —, mas a simplicidade dos dilemas infantis também despedaçam a alma...



A boneca, se não resolve meus problemas ou todas as questões mundanas, acalma meu coraçãozinho sobremaneira. E, hoje, futuro incerto, isso já me basta.



um beijo, um abraço ou aperto de mão, 
Babi

terça-feira, 27 de novembro de 2012

E não entrou na roda...


"João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Lili que não amava ninguém. João foi para os Estados Unidos. Teresa para o convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes que não tinha entrado na história". 


 




quarta-feira, 21 de novembro de 2012

INFERNO ASTRAL


Uma princesa babaca, estúpida, idiota, imbecil, palerma, burra, lesada... mas, ainda assim, algo me diz que não fui eu quem perdeu mais nessa estória.

domingo, 18 de novembro de 2012

FinalMente

O interesse diminuiu conforme o desfecho foi se aproximando... mas, ainda assim, não dava pra perder "A Saga Crepúsculo: Amanhecer - parte 2" (the Twilight saga: breaking dawn Pt. 2. EUA, 2012, Bill Condon, 115 min.).

O filme foi ruim, exatamente como eu esperava; bom, do jeito que os fãs da série esperavam; e minimamente emocionante, como todo fim de saga deve ser... 


Pensei, ao fim da sessão, três coisas sobre a Saga. Os livros — que não são ruins — se bem roteirizados e dirigidos darão bons reboots, a saga tem futuro. Os personagens (e seus intérpretes) tornaram-se maiores que os diálogos e a própria história, o que é uma pena, pois os atores não amadureceram. E as melhores cenas dos quatro filmes, o confronto entre o clã Cullen e os Volturi (SPOILER), foram uma mentira.

Alívio enfim, fim.

um beijo, um abraço ou aperto de mão,
Babi

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Fornicating Under Consent of the King

Hoje, na minha primeira reunião como representante discente do doutorado, eu pude compreender como minha saída do IRI não só foi possível, mas perfeitamente "normal". 

A "sociedade de corte acadêmica" tem tanta vaidade, tanto legalismo vazio, tanta incapacidade de articular um pensamento sensato e que leve em consideração o bem-estar dos alunos e dos próprios colegas — quando falham.
Quase consegui visualizar a cena... aquela reunião... os argumentos... a deliberação... a votação... as abstenções. A vontade de foder (reza a lenda, FUCK vem de "Fornicating Under Consent of the King", abreviação da política inglesa de estímulo à natalidade por volta de 1475); uma fodida pura e simples. Demonstração de poder. Aff...
Mas não senti ódio, nem nada. Só entendi.

domingo, 14 de outubro de 2012

ARE YOU READY?!




Sem blá-blá-blá: tradição é tradição!

Como sempre, lista de presentes já saindo desfalcada. Então, "run, Forest, run!" *risos*

um beijo, um brigadeiro e um bolo de chocolate, 
Babi

New Dad


Acordei querendo ser filha do Willy Wonka.

TPM feelings...


terça-feira, 2 de outubro de 2012

Heterônima

    Não sou nada.
    Nunca serei nada.
    Não posso querer ser nada.
    À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

    Janelas do meu quarto,
    Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é
    (E se soubessem quem é, o que saberiam?),
    Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
    Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
    Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
    Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
    Com a morte a por umidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
    Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.

    Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
    Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
    E não tivesse mais irmandade com as coisas
    Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
    A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
    De dentro da minha cabeça,
    E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.

    Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu.
    Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
    À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
    E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.

    Falhei em tudo.
    Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
    A aprendizagem que me deram,
    Desci dela pela janela das traseiras da casa.
    Fui até ao campo com grandes propósitos.
    Mas lá encontrei só ervas e árvores,
    E quando havia gente era igual à outra.
    Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei de pensar?

    Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
    Ser o que penso? Mas penso tanta coisa!
    E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
    Gênio? Neste momento
    Cem mil cérebros se concebem em sonho gênios como eu,
    E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
    Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
    Não, não creio em mim.
    Em todos os manicômios há doidos malucos com tantas certezas!
    Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
    Não, nem em mim...
    Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo
    Não estão nesta hora gênios-para-si-mesmos sonhando?
    Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas -
    Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,
    E quem sabe se realizáveis,
    Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?
    O mundo é para quem nasce para o conquistar
    E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
    Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
    Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,
    Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.
    Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,
    Ainda que não more nela;
    Serei sempre o que não nasceu para isso;
    Serei sempre só o que tinha qualidades;
    Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta,
    E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira,
    E ouviu a voz de Deus num poço tapado.
    Crer em mim? Não, nem em nada.
    Derrame-me a Natureza sobre a cabeça ardente
    O seu sol, a sua chava, o vento que me acha o cabelo,
    E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha.
    Escravos cardíacos das estrelas,
    Conquistamos todo o mundo antes de nos levantar da cama;
    Mas acordamos e ele é opaco,
    Levantamo-nos e ele é alheio,
    Saímos de casa e ele é a terra inteira,
    Mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido.

    (Come chocolates, pequena;
    Come chocolates!
    Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.
    Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.
    Come, pequena suja, come!
    Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!
    Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folha de estanho,
    Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.)

    Mas ao menos fica da amargura do que nunca serei
    A caligrafia rápida destes versos,
    Pórtico partido para o Impossível.
    Mas ao menos consagro a mim mesmo um desprezo sem lágrimas,
    Nobre ao menos no gesto largo com que atiro
    A roupa suja que sou, em rol, pra o decurso das coisas,
    E fico em casa sem camisa.

    (Tu que consolas, que não existes e por isso consolas,
    Ou deusa grega, concebida como estátua que fosse viva,
    Ou patrícia romana, impossivelmente nobre e nefasta,
    Ou princesa de trovadores, gentilíssima e colorida,
    Ou marquesa do século dezoito, decotada e longínqua,
    Ou cocote célebre do tempo dos nossos pais,
    Ou não sei quê moderno - não concebo bem o quê -
    Tudo isso, seja o que for, que sejas, se pode inspirar que inspire!
    Meu coração é um balde despejado.
    Como os que invocam espíritos invocam espíritos invoco
    A mim mesmo e não encontro nada.
    Chego à janela e vejo a rua com uma nitidez absoluta.
    Vejo as lojas, vejo os passeios, vejo os carros que passam,
    Vejo os entes vivos vestidos que se cruzam,
    Vejo os cães que também existem,
    E tudo isto me pesa como uma condenação ao degredo,
    E tudo isto é estrangeiro, como tudo.)

    Vivi, estudei, amei e até cri,
    E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu.
    Olho a cada um os andrajos e as chagas e a mentira,
    E penso: talvez nunca vivesses nem estudasses nem amasses nem cresses
    (Porque é possível fazer a realidade de tudo isso sem fazer nada disso);
    Talvez tenhas existido apenas, como um lagarto a quem cortam o rabo
    E que é rabo para aquém do lagarto remexidamente.

    Fiz de mim o que não soube
    E o que podia fazer de mim não o fiz.
    O dominó que vesti era errado.
    Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
    Quando quis tirar a máscara,
    Estava pegada à cara.
    Quando a tirei e me vi ao espelho,
    Já tinha envelhecido.
    Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
    Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
    Como um cão tolerado pela gerência
    Por ser inofensivo
    E vou escrever esta história para provar que sou sublime.

    Essência musical dos meus versos inúteis,
    Quem me dera encontrar-me como coisa que eu fizesse,
    E não ficasse sempre defronte da Tabacaria de defronte,
    Calcando aos pés a consciência de estar existindo,
    Como um tapete em que um bêbado tropeça
    Ou um capacho que os ciganos roubaram e não valia nada.

    Mas o Dono da Tabacaria chegou à porta e ficou à porta.
    Olho-o com o deconforto da cabeça mal voltada
    E com o desconforto da alma mal-entendendo.
    Ele morrerá e eu morrerei.
    Ele deixará a tabuleta, eu deixarei os versos.
    A certa altura morrerá a tabuleta também, os versos também.
    Depois de certa altura morrerá a rua onde esteve a tabuleta,
    E a língua em que foram escritos os versos.
    Morrerá depois o planeta girante em que tudo isto se deu.
    Em outros satélites de outros sistemas qualquer coisa como gente
    Continuará fazendo coisas como versos e vivendo por baixo de coisas como tabuletas,

    Sempre uma coisa defronte da outra,
    Sempre uma coisa tão inútil como a outra,
    Sempre o impossível tão estúpido como o real,
    Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da superfície,
    Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra.

    Mas um homem entrou na Tabacaria (para comprar tabaco?)
    E a realidade plausível cai de repente em cima de mim.
    Semiergo-me enérgico, convencido, humano,
    E vou tencionar escrever estes versos em que digo o contrário.

    Acendo um cigarro ao pensar em escrevê-los
    E saboreio no cigarro a libertação de todos os pensamentos.
    Sigo o fumo como uma rota própria,
    E gozo, num momento sensitivo e competente,
    A libertação de todas as especulações
    E a consciência de que a metafísica é uma consequência de estar mal disposto.

    Depois deito-me para trás na cadeira
    E continuo fumando.
    Enquanto o Destino mo conceder, continuarei fumando.

    (Se eu casasse com a filha da minha lavadeira
    Talvez fosse feliz.)
    Visto isto, levanto-me da cadeira. Vou à janela.
    O homem saiu da Tabacaria (metendo troco na algibeira das calças?).
    Ah, conheço-o; é o Esteves sem metafísica.
    (O Dono da Tabacaria chegou à porta.)
    Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me.
    Acenou-me adeus, gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e o universo
    Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o Dono da Tabacaria sorriu.

TABACARIA

Alvaro de Campos (15 de jan. 1928)



Seja bem-vindo, Outubro.

sábado, 29 de setembro de 2012

♪ Todo mundo espera alguma coisa de um sábado a noite ♫

Resumo do dia: trabalhei, trabalhei, trabalhei. Não resisti a um sorvete, nem a umas comprinhas pra alegrar... E ganhei uma recaída de gripe, a garganta está em chamas. Que bela noite de sábado eu ganhei...



quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Amizades verdadeiras são como diamantes.





Uma década.
Da praça de alimentação do Rio Sul para noites de Jazz e bom vinho na Bresserie Rosário.
Darwin estava certo, baby... Evolution. *risos*



Eternas.

sábado, 22 de setembro de 2012

not so easy


"Desistir... eu já pensei seriamente nisso, mas nunca me levei realmente a sério; é que tem mais chão nos meus olhos do que cansaço nas minhas pernas, mais esperança nos meus passos, do que tristeza nos meus ombros, mais estrada no meu coração do que medo na minha cabeça."

Cora Coralina (1889-1985)

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Ainda que eu muito tentasse, não escreveria melhor




O Rio rebelde

Daniel Aarão Reis
O Globo - 18/09/2012



Sobre a educação, o diagnóstico é preciso: "As escolas públicas estão sem alma." Educação séria, em qualquer lugar do mundo, requer horário integral e professores bem pagos, excluída a famigerada "terceirização", que destrói os vínculos entre os funcionários e os serviços. Em cada escola, autonomia pedagógica, observados parâmetros democraticamente construídos.

A saúde pública também deve basear-se em médicos, enfermeiros e auxiliares concursados, estáveis e decentemente remunerados, encerrando-se a experiência das Organizações de Saúde/OS, uma privatização mascarada, baseada na anarquia salarial e na falta de compromisso dos profissionais com os centros de saúde e os hospitais: "Vamos fazer concurso público, até porque o dinheiro que banca as OS é público e muito." Quanto à habitação popular, critérios rigorosos na efetivação das chamadas "remoções": "A política atual é irresponsável." Em questão, uma "concepção de cidade". O que se quer? Entregar a cidade aos negócios ou às pessoas? Dá para combinar os dois? Dá, mas numa "cidade de direitos". Freixo cita exemplos concretos: "Em Londres, por lei, metade das moradias da Vila Olímpica foi destinada à populaçãode baixa renda. A Vila dos Jogos Pan-Americanos na Barra foi toda jogada para o mercado imobiliário."

Na área dos transportes públicos, "enfrentar o poder das empresas de ônibus, reunidas na Federação dos Transportes (FETRANSPOR)." Os consórcios funcionam como um cartel, impondo tarifas escorchantes, recusando-se a aceitar o bilhete único, praticado, há anos, nas grandes capitais do mundo. Em jogo, o "modelo rodoviário". O atual tem custo alto, polui e inferniza a vida das pessoas. Por que não viabilizar o transporte sobre trilhos? As vans assumiriam uma vocação "complementar", organizando-se licitações individuais, para neutralizar o poder das milícias.

Finalmente, em relação à segurança, é falso dizer que se trata de matéria exclusiva do estado. As milícias fundamentam seu poder em atividades econômicas que se efetuam em territórios determinados. Ora, tais atividades e territórios são - ou deveriam ser - regulados pela autoridade municipal. Haveria um largo campo a ser aí explorado, sempre em parceria com os governos estadual e federal, sem nenhuma conciliação com as milícias.

Selecionei cinco questões essenciais. É clara, em todas elas, a vontade de mudança, respeitando-se os valores democráticos. A marca rebelde contra o marasmo, um sistema exaurido que se repete e se rotiniza à custa das grandes maiorias.

Mas os sinais de rebeldia aparecem principalmente na mobilização e no incentivo à auto-organização das gentes. A recuperação da militância gratuita e espontânea, motivada por valores - políticos e éticos. Cada reunião é um comício. Cada comício surpreende pela afluência das pessoas. Renasce o melhor da tradição democrática brasileira, viva e promissora, em especial na primeira metade dos anos 1980, com destaque para a participação de artistas, meio sumidos nos últimos anos dos embates políticos. Pois eles estão de volta, generosos e solidários. Não seria esta uma indicação de tendências profundas? A sintonia fina entre artista e sociedade?

O exercício de cidadania não vai morrer após a campanha eleitoral. O candidato propõe - "eixocentral da sua política" - a construção de Conselhos de Políticas Públicas e a reanimação das associações de bairros, destinados, em conjunto com os vereadores, a formular e a controlar a aplicação das políticas e das leis, viabilizando uma "outra concepção de governo", distinta do atual troca-troca de favores por votos, onde quase sempre se encobrem interesses escusos. ORio tem tradição rebelde.

Em 1968, houve aqui o movimento estudantil mais atuante, e as maiores passeatas contra a ditadura. Na segunda metade dos anos 1970, a luta pela anistia - ampla, geral e irrestrita. Nas primeiras eleições livres para governadores, em 1982, a vitória de Leonel Brizola - "Brizola na cabeça" - representou desafio à ordem vigente. Ao longo da campanha das Diretas-já, o povonas ruas contribuiu para consolidar o processo de transição democrática. Na sequência, Fernando Gabeira quase foi eleito prefeito da cidade contra ampla coligação de interesses conservadores. Em 1989, nas primeiras eleições diretas para presidente, outros comícios - imensos - por Lula e Brizola. A partir dos anos 1990, porém, no quadro da "administração das coisas", as eleições perderam encanto, cada vez mais dominadas pelo dinheiro e pelo marketeiros.

Não terá chegado a hora de mais uma virada? Retomando tradições críticas que existem notempo longo, enraizadas na cidade?

É verdade que outra candidatura fala de si mesma como "um rio". Pode ser um rio qualquer. Maso Rio rebelde, nas eleições de outubro, além de um programa, tem nome e sobrenome: Marcelo Freixo.





#PrimaveraCarioca

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Não fode nem sai de cima

É líder. Mas enquanto o Fluminense não resolver jogar bola, não dá pra acreditar no tetracampeonato. Do jeito que tá, não rola...


A rodada conspirou em favor da manutenção da liderança, é verdade — há que se lembrar de Nelson Rodrigues, que dizia ser necessário sorte até para se chupar um picolé! *risos* —, mas o desempenho do FLUnimed contra o Atlético-GO foi vergonhoso. Sinal de que não só os times de Cuca travam na hora H...

Verdade que os desfalques são constantes, mas todos os jogadores parecem longe de entregar pelo menos 75% de seus rendimentos nas partidas. Ainda pior quando Valencia fica no banco, dando lugar ao show de horrores do Edinho; o lindo do Sóbis não se encontra em campo; Thiago Neves parece estar vestindo a camisa -10; e  Wallace segue fazendo besteiras proporcionais ao seu talento. Aimeudeus, saudades do gostoso do Deco...

O Flu quando vence, nunca convence. Pode ganhar o título mesmo assim, claro. Mas também pode ficar só na zona de classificação para Libertadores... Ou, quiçá, fora dela.


Saudações Tricolores. 

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Flores bélicas

"A inocência muçulmana"



Um filme de baixo orçamento, obscuro, postado no YouTube... E as flores da Primavera Árabe desabrocham com demonstrações de repúdio aos EUA em Gaza, Marrocos, Tunísia, Irã e Iraque e com o sangue de — até agora — 19 mortos, dentre os quais o Embaixador  estadunidense em Benghazi, Chris Stevens.

Atônito, no meio de uma campanha política tensa e escorregadia, Obama tenta encontrar os culpados, aplacar os ânimos na Líbia e nos países vizinhos contra seus aliados e, sobretudo, transformar o episódio em capital eleitoral. 

O vídeo anti-Islã só vem recordar o quanto a cultura, de fato, importa. E que guerras culturais, em tempos da ditadura do politicamente correto na sociedade do "broadcast-se, baby", não são meras figuras de linguagem.


quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Own...


iPhone 5


#VTNC, Apple! EU QUEROOOO!!!!

Vendo um rim e uma córnea. Preço e condições de pagamento, favor ligar para o iPhone ultrapassado .*risos*
Babi

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Mais um 11 de Setembro

SANTIAGO DEL CILE. I COMUNISTI RICORDANO SALVADOR ALLENDE

Dietro lo striscione "Allende Vive", i comunisti cileni hanno partecipato alla cerimonia in onore dell'ex presidente Salvador Allende durante la commemorazione del 39 ° anniversario del colpo di Stato in Cile, nei pressi del palazzo presidenziale di Santiago (EPA / FELIPE TRUEBA)


O direito à memória de um povo é inalienável, por isso os atentados de 2001 jamais serão esquecidos. Mas é papel da História desconstruir os discursos midiáticos e lembrar-nos de outros 11 de Setembros — bem como de tantos Maios, Abris, Janeiros...

sábado, 8 de setembro de 2012

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Chupa, Dudu!



Aproveitar para fazer o "trabalho de casa" que o professor Marcelo Freixo passou no debate da RedeTV/Folha de SP.

Dá um Google: Marcelo Freixo+milícia

Dá outro Google: Eduardo Paes+milícia

Pronto, agora veja em quem votar. A cidade do Rio de Janeiro não é tipo a Finlândia!


um beijo, um abraço ou aperto de mão,
Babi

(Pelo menos uma atualização.*risos*) 

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Novamente...

O sono caiu da minha cama e não mais voltou. Não há qualquer herói disponível pra me salvar... iPod mais que querido, libera uma música no modo aleatório pra eu adormecer:



(Goo Goo Dolls - Iris)

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Dívida

Eu bem que queria, mas cadê tempo para atualizar esse bloguito fofo? 


Puta merda... o tempo passa rápido demais, logo há tempo de menos para tantos afazeres.

Quero escrever sobre política (Primavera Carioca), futebol (Flu boiando no BR-12), cinema (Batman, o Cavaleiro das Trevas Ressurge ♥, O Espetacular Homem-Aranha e Valente), literatura (o retorno às HQs) e sobre a vida, que segue seu curso.

A qualquer hora dessas eu consigo...

um beijo, um abraço ou aperto de mão, 
Babi

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Estado Falido, Esporte e Terror

Do blog Mujeres, do periódico espanhol El País:

La atleta somalí que corrió entre todos los infiernos

Por:  21 de agosto de 2012
La noticia en sí misma es suficientemente trágica: una atleta olímpica muere en una patera tras dejar atrás su país, Somalia, para buscar un futuro deportivo mejor. Ocurrió, al parecer, en abril de este año. Pero ¿qué vivió Samia Yusuf Omar antes de su momento de fama, en Pekín 2008? ¿Qué ocurrió después? ¿Cómo llegó a subir a una barca para intentar perseguir su sueño en Italia?

Samia alcanzó los titulares hace cuatro años por llegar la última en la prueba de 200 metros con una marca de 32,16 segundos, 10 más que la ganadora. El estadio se levantó en aplausos al atisbar a la atleta descolgada, de tan solo 17 años, y premió en ella el valor olímpico de la superación. Fue recibida en Mogadiscio con escasos honores. Ni siquiera su familia había podido verla correr. Pese al resultado, estaba pletórica: "Ha sido una experiencia bellísima. He llevado la bandera de Somalia y he estado con los mejores deportistas del mundo".



Pekín fue el Dorado durante los días en que escapó a la guerra civil que se inició en su país en 1991, el año en que nació. En la villa olímpica se olvidó de vivir hacinada (siete en dos habitaciones), de la dieta forzosa de pan y agua tantos días o de los insultos y golpes de los milicianos fundamentalistas que conseguían a veces abortar su entrenamiento. Dejó de ser la única cuidadora de sus cinco hermanos menores, y cambió por un tartán impoluto el estadio de Coni, repleto de baches.

La atleta había convivido con muchas más penalidades infligidas por el país cuya bandera esgrimió orgullosamente cuando llegó a la meta. Somalia era y es un torbellino bélico y político cuyas primeras víctimas son los ciudadanos y especialmente las mujeres.

Un desgraciado ranking publicado en 2011 situaba a Somalia como el quinto peor país del mundo para ser mujer. La propia ministra encargada de estos asuntos, Maryan Qasim, declaraba entonces: "Estoy sorprendida. Pensaba que ocupábamos el primer lugar".

La atleta que se sobrepuso al hambre y a la intolerancia, a contar solo algunos días con entrenadores aficionados, fue sometida, casi con total seguridad, a la ablación(prácticamente todas las niñas son mutiladas sexualmente). No solo le acechaban quienes la querían tapada y en su casa. Aquel informe, basado en las experiencias y valoraciones de más de 300 expertos, señalaba que las violaciones diarias son un hecho, así como el limitado acceso a la educación (Samia abandonó el colegio a los ocho años para cuidar de sus cinco hermanos al morir su padre por un proyectil en el mercado en el que trabajaba), recursos de subsistencia y atención sanitaria.

El mayor peligro para las mujeres, reconocía la propia ministra, es pretender ser madre. Si Samia se hubiesa quedado embarazada habría tenído el 50% de posibilidades de morir. "No hay cuidados previos al parto, ni hospitales, ni sistema de salud, nada".



El entusiasmo de la vuelta de Samia a Mogadiscio, tal y como recoge este reportaje de Al Yazira, firmado por Teresa Krug, se trocó rápidamente en ocultismo. Vivió de cerca un golpe mortal de Al-Shabab, el brazo somalí de Al Qaeda, y el miedo hizo que negase que era atleta cuando le preguntaban. Era el tiempo en que el grupo fundamentalista prohibió a todos los somalíes participar en deportes e incluso verlos por televisión. El estadio pasó a ser la base de la organización. La muerte en 2009 como consecuencia de las heridas en un atentado del ministro de Deportes, Suleiman Olad Roble, se llevó por delante lo que quedaba del Comité Olímpico Somalí.

La situación política había empeorado. En 2009 el nuevo gobierno federal de transición, encabezado por el islamista moderado Sheikh Sharif Sheikh Ahmed, es incapaz de evitar los enfrentamientos con Al-Shabab e Hizbul Islam y en noviembre apenas controla la periferia de la capital. La madre de Samia deja su trabajo de vendedora de fruta y verdura, el único sustento de los seis hijos. En diciembre se mudan a un campo de desplazados cercano a Mogadiscio. Pero las condiciones son tan inhumanas que deciden afrontar el riesgo de regresar a la capital.

En octubre de 2010 Samia se marcha a Etiopía, con la esperanza de encontrar un entrenador que la llevase de vuelta a unos Juegos Olímpicos. En abril de 2011, la atleta, visiblemente desnutrida (no ha podido correr en los últimos dos meses) consigue entrevistarse con el exolímpico Eshetu Tura. El medallista etíope no había oído hablar de la atleta somalí, pero acepta entrenarla.

Samia, de 20 años, toma tres autobuses todos los días para llegar a la cita de las 7.30. Vive con una tía. Pretende recolocar a su familia una vez que consiga ganar dinero como atleta. Pero su sueño es revivir en Reino Unido la experiencia de Pekín.

Londres 2012. En el desfile inaugural, la delegación somalí lleva una abanderada. No es ella. No ha conseguido su sueño.

Teresa Krug, la periodista que quiso escribir un libro sobre Samia, revela ahora que intentó convencerla en vano de que no abandonara Etiopía para viajar a Sudán y luego a Libia. La atleta no dio señales de vida hasta llegar a terreno libio, "milagrosamente viva", en palabras de la reportera. Desde allí se comunicaron esporádicamente. "En su último mensaje me contó que había estado en la cárcel y muy mal físicamente, pero que en ese momento se encontraba bien". Eran los albores de 2012.

Su compatriota Abdi Bile, campeón del mundo de los 1.500 en Roma 1987, habló hace pocos días ante el comite olímpico somalí, que se felicitaba por el triunfo de Mo Farah, el niño llegado al Reino Unido con 10 años y convertido en doble medallista bajo la bandera británica.

Bile interrumpió la euforia: "Samia ha muerto. Ha muerto por llegar a Occidente. Tomó una patera en Libia que debía llevarla a Italia". La audiencia aplaude, como narra la escritora de origen somalí Igiaba Scego. Comparten el dolor. Cada familia tiene a alguien querido desaparecido en una barca clandestina. El mar fue el último infierno, el que Samia no pudo sortear.




Daí que chegou aquele momento "Que tema foda, essa tese pode ser do caralho"; e isso era tudo que me faltava... Sensação que meus dois compromissos acadêmicos anteriores — monografia e dissertação  — também despertaram. Isso não significa menções honrosas, revoluções ou o tão sonhado Prêmio Nobel da Paz.*risos* Mas o interruptor foi aceso, o pote de jujubas está coloridíssimo — ou seja, caí de amores pelo meu tema!

A parte dura do processo é descobrir a viabilidade da tese, a originalidade, o recorte, se as fontes estão disponíveis. É uma dinâmica acadêmico-braçal, e eu já tinha passado por essa fase. Todos sabem que o trabalho acadêmico exige entrega, comprometimento (hehehe, compromisso, justo eu...) e dedicação. Mas na minha equação há mais uma variável, em lembrança ao genial prof. Manoel Salgado, o X da minha questão: a paixão. 

Como em tudo o que faço ou sou, até aqui (ou melhor, lá na tese) haverá menos racionalidade que o esperado.

Em memória de Samia Yusuf Omar.

sábado, 21 de julho de 2012

Philosophy makeup

Existem milhares de séries literárias que buscam compreender filosoficamente fenômenos de sucesso no mundo do entretenimento: "Os Simpsons e a Filosofia"; "Harry Potter e a Filosofia"; "Seinfeld e a Filosofia"; "A Filosofia de Lost"; "A Filosofia em House" e por aí vai. 




Decidi fazer algo semelhante, baseado num desses compartilhamentos do Facebook, mas em relação a minha maleta de maquiagem. Apresento, então, "Base, sombra, blush, batom e a Filosofia". 

O que isso quer dizer? Seguinte:

Quero um amor que me borre (e muito!) o batom, não o rímel. 



terça-feira, 3 de julho de 2012

Lições da História

(Foto: Reuters)
O passado de intolerância italiano torna a imagem ainda mais significativa.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Poesia Pura!



"Ex my love
Ex my love
Se botar teu amor na vitrine
Ele nem valer 1,99."



Veloso Dias

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Fica, House, vai ter Lúpus!

Contaminações, alergias, cânceres, alterações hormonais, envenenamentos, infecções, quimerismo, desinibição do lobo frontal, doenças autoimunes, hermafroditismo...



Oito anos, Dr. Gregory House, e nunca foi lúpus. 





sábado, 16 de junho de 2012

Filosofia barata. Ou preciosidade enlatada?

 Achar é o mais longe que podemos ir nesse universo repleto de segredos, sussurros, incompreensões, traumas, sombras, urgências, saudades, desordens emocionais, sentimentos velados, todas essas abstrações que não podemos tocar, pegar nem compreender com exatidão. Mas nos conforta achar que sabemos. (Martha Medeiros) 

terça-feira, 12 de junho de 2012

Conto de Fadas


Hoje não é Dia dos Namorados, oras? 

"tórax de Superman e coração de poeta"... Será que tô querendo demais? *risos*

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Mais um!

O que tenho a dizer?
Hum... tanta coisa, afinal o time da camisa mais bonita do mundo é campeão carioca em 2012! (E, a propósito, conquistou três "títulos" em quatro desse campeonato). Mas prefiro só repetir o mestre tricolor; é só trocar "Flamengo" por "Botafogo" e se deliciar.




CHEGA DE HUMILDADE

(Nelson Rodrigues, O GLOBO, 16/06/1969)
Amigos, a humildade acaba aqui. Desde ontem o Fluminense é o campeão da cidade. No maior Fla-Flu de todos os tempos, o tricolor conquistou a sua mais bela vitória. E foi também o grande dia do Estádio Mário Filho. A massa “pó-de-arroz” teve o sentimento do triunfo. Aconteceu, então, o seguinte: — vivos e mortos subiram as rampas. Os vivos saíram de suas casas e os mortos de suas tumbas. E, diante da platéia colossal, Fluminense e Flamengo fizeram uma dessas partidas imortais.
Daqui a duzentos anos a cidade dirá, mordida de nostalgia: — “Aquele Fla-Flu!”. Ah, quem não esteve ontem no Estádio Mário Filho não viveu. E o Fluminense fez uma exibição perfeita, irretocável. Lutou com a alma indomável do campeão. Ninguém conquista o título num único dia, numa única tarde. Não. Um título é todo sangue, todo suor e todo lágrimas de um campeonato inteiro.
Acreditem: — o Fluminense começou a ser campeão muito antes. Sim, quando saiu do caos para a liderança. “Do caos para a liderança”, repito, foi a nossa viagem maravilhosa. Lembro-me do primeiro domingo em que ficamos sozinhos na ponta. As esquinas e os botecos faziam a piada cruel: — “Líder por uma semana”. Daí para a frente, o Fluminense era sempre o líder por uma semana.
Olhem para trás. Da rodada inaugural até ontem, não houve time mais regular, mais constante, de uma batida mais harmoniosa. Mas foi engraçado: — por muito tempo, ninguém acreditou no Fluminense, ninguém. Um dia, Flávio veio de São Paulo. Era o ponta-de-lança mais esperado que um Moisés. Queríamos um goleador. E nunca mais se interrompeu a ascensão para o título.
O curioso é que, há muito tempo, aqui mesmo desta coluna, fez-se o vaticínio de que o campeonato teria a sua decisão num Fla-Flu. Foram autores de tal profecia, primeiro, o Celso Bulhões da Fonseca; em seguida, o Carlinhos Niemeyer, um e outro rubro-negros. O que ambos não sabiam é que já estava escrito há 6 mil anos que o campeão seria o Fluminense. E vou citar um outro oráculo: o Haroldo Barbosa. Quando o tricolor parecia uma piada, o bom Haroldo piscou o olho para o Marcello Soares de Moura: — “Este é o ano do Fluminense!”. E do seu olhar vazava luz.
E mais: — na sexta-feira, o presidente do Fluminense, Francisco Lapport, convidou para um almoço, em sua residência, a mim, ao Marcello Soares de Moura e ao Carlinhos Nasser. Ainda na mesa, e antes do cafezinho, baixou-nos o sentimento profético do título. Amigos, o que se viu ontem no Estádio Mário Filho foi espantoso. Primeiro, a tempestade de bandeiras, de pó-de-arroz, os pombos tricolores e rubro-negros.
E que formidável partida! Houve, durante noventa minutos, um suspense mortal. O Fluminense fez o primeiro gol e o Flamengo empatou. O Fluminense fez o segundo e o Flamengo mais uma vez empata. Duzentas mil pessoas atônitas morriam nas arquibancadas, gerais e cadeiras. E foi preciso que Flávio, o goleador do Fluminense, o goleador do campeonato, marcasse aquele que seria o gol da vitória, da doce e santa vitória. E o rubro-negro não empatou mais, nunca mais. Era a vitória, era o título.
Agora a pergunta: — e o personagem da semana? Podia ser Cláudio, que fez uma exibição magistral e, inclusive, um gol. Podia ser Denílson, que volta a ser o “Rei Zulu” e um dos maiores jogadores brasileiros de defesa. Penso também em Galhardo, que, a princípio nervosíssimo, teve intervenções sensacionais. Podia ser também Telê, que, sóbrio, modesto, trouxe a equipe do caos para o título. Mas entendo que desta vez o personagem deve ser o time. Do goleiro ao ponta-esquerda. Todos, todos mostraram uma alma, uma paixão, um ímpeto inexcedíveis.
Pelo amor de Deus, não me venham dizer que, no segundo tempo, o Flamengo jogou com dez. O rubro-negro cresceu com a desvantagem numérica, lançou-se todo para a frente. Eram dez fanáticos dispostos a vencer ou perecer. O Flamengo teve ontem um dos grandes momentos de sua história.
Mas, dizia eu no começo que a nossa humildade pára aqui. Passamos toda a jornada com um passarinho em cada ombro e as duras e feias sandálias nos pés. Mas o Fluminense é o campeão. Erguendo-me das cinzas da humildade, anuncio: — “Vamos tratar do bi”.

Se quiser, veja o texto aqui.

Saudações Tricolores!

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Mark Ruffalo, smash!

Enfim, "Os Vingadores" (The Avengers. EUA, Joss Whedon, 2012, 142 min.) estreou. Valeu cada minuto de espera e cada centavo a mais do ingresso em 3D. É espetacular!

O roteiro até podia ser mais bem amarradinho, pois fico na dúvida se, não tivesse visto "Thor" na TV, teria compreendido toda a maldade e compulsão de Loki (brilhantemente interpretado por Tom Hiddleston)... Mas a genial criação de Stan Lee e Jack Kirby, de 1963, recebeu uma adaptação cinematográfica à altura!

Robert Downey Jr. segue perfeito e cada mais dono do Homem de Ferro, conduzindo grande parte das cenas cômicas com os comentários ácidos de Tony Stark. Scarlett Johansson, cuja Viúva Negra ainda não tem um filme somente seu, também se destaca, especialmente pela "falta de poderes".

Mas, eu que achava que a perfeição intérprete/herói Hugh Jackman e Wolverine jamais seria superada... "queimei a língua"!




MarkRuffalo, um dos atores mais bonitos e talentosos de Hollywood, deu a personagem Bruce Banner o que os intérpretes anteriores não conseguiram densidade e carisma. Para mim, o filme é todo dele! 

E espero que o seu Hulk logo ganhe uma aventura solo que reconte sua trajetória...



Ruffalo, de tantas interpretações competentes e alguns filmes de sucesso como o médico de "O ensaio sobre a cegueira" merecia há muito um blockbuster para cair nas graças do grande público. Depois de dois insucessos e da concorrência de Downey Jr., Jackman e Christian Bale (Batman), o Incrível Hulk finalmente ganhou um interprete à altura.

Vida longa a MarkRuffalo na pele do Dr. Banner/"the other guy"! OsVingadores é tudo!


Tô pensando seriamente em assistir ao filme novamente.... quer ir comigo? *risos*
Babi