♪ Guerreiros! Guerreiros! Guerreiros! Time de Guerreiros! ♫
Fluminense Football Club

Tetracampo Brasileiro
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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

FELIZ


O sumiço? 

Preguiça, viagens, umas "partidinhas de vôlei de praia" e perseguições nas ruas de "Liberty City". 

Ano que vem eu volto!!

Que sejamos felizes,
Babi

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Rolando no "Chão" com Adele

Estou há um tempo sem escrever, por motivos que conto noutro post. Mas nesses dias um pouco menos fáceis do que eu merecia, ando ouvindo mais música.

Tenho ouvido "Someone like you", da Adele. Aí vc vai pensar: "Ah, tbm entrou na onda da música da moda?" Bom, vou fugir da discussão sobre modismo e apenas dizer que, de alguma forma, Adele e eu somos parceiras nessa canção... 

E nos intervalos, tenho rolado na delicadeza sonora do "Chão" de Lenine. De quem a saudade me afeta tal qual por um amigo muito querido. Há de haver um show nesse verão carioca que me salve dela.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Lembrança da infância...

"[...] Haja o que houver, do meu amor esse garoto foi o Rei.
Digam a ele que com corpo e cabeça eu sempre o amarei.
A marca dessa lágrima testemunha que eu o amei perdidamente.
Em suas mãos depositei a minha vida e me entreguei completamente.
Assinei com minhas lágrimas cada verso que lhe dei, como se fossem confetes de um carnaval que eu não brinquei.
Mas a cabeça apaixonada delirou foi farsante, vigarista, mascarada, foi amante, entregando-lhe outra amada, foi covarde que amando nunca amou!
"

Pedro Bandeira*
(1942-)


... em versos ainda hoje decorados.

Talvez seja só nostalgia pré-aniversário. Talvez.



* A marca de uma lágrima. Rio de Janeiro, Editora Moderna, 1985.

No gol para Maria Clara, a confirmação do inevitável

Quando Fred marcou, aos 38 minutos do 2º tempo ontem, esperava-se o enredo normal para um bom jogo do Time de Guerreiros — suor, sangue, lágrimas e torcedores à beira de um ataque cardíaco. Era o momento para o Flu se incendiar em campo, ainda mais com Lanzini e Rafael Moura em campo. Mas a estória foi essa não...

 Ao contrário das outras vezes, quando o time esteve "embuído e coeso de seus objetivos" (como diria Alexandre Tavares!*risos*), Fred não foi para o fundo das malhas após o tento e correu com bola para o meio de campo enquanto comemorava e convocava a massa tricolor... O artilheiro, há sete minutos do fim da partida, corre para as câmeras de televisão e dedica o gol à pequena Maria Clara, o novo xodó Tricolor.

Justo, afinal ele havia feito essa promessa à menina. Mas, no mesmo momento, Edinho e Leandro Euzébio aparecem na imagem, puxando Fred e chamando o time. Como parar para comemorar tanto se o jogo não estava ganho?



A imagem emblemática do Fluminense Football Club em 2011: a perda do foco.

A culpa não é exclusivamente da comemoração de Fred, artilheiro incensado ao longo da semana por sete gols marcados em dois jogos (agora são oito em três), mas também dos apagões seguidos de Rafael Sóbis — que até marcou no jogaço contra o Grêmio, mas também teve uma atuação ruim , pelo menos desde a partida contra o Internacional. A culpa foi do caminhão de gols perdidos no jogo contra o Vasco, que não é melhor time que o Fluminense, mas tem uma defesa melhor que a do Fluminense (ora, qual time não tem? *risos*), e encontrou o gol no final da partida.

Era inevitável, uma vez que o Corinthians bateu o Figueirense por 1 a 0, e mesmo vencendo Vasco e Botafogo não haveria pontos suficientes para desbancar o time paulista, apesar do mesmo número de vitórias. 

Perdeu-se o título ao longo de todo BR-11 (o que é a lógica maravilhosa dos pontos corridos), mas principalmente nas duas derrotas para o rebaixado América-MG. Quantas substituições equivocadas, escalações improváveis, falhas de Diego Cavalieri, problemas médicos, desgastes fora das quatro linhas afastaram o FFC do título?

E, se cabe a inclusão de um evento extracampo, a última semana era um péssimo momento para a diretoria tricolor discutir contratações de reforços e reformulações no elenco; mesmo que a "FlaPress" tenha trabalhado com afinco esse objetivo...

Mas nem tudo é ruim. Afinal, o 11º colocado do turno é o campeão do returno. Uma vaga na Libertadores em 2012 é um prêmio para o time que começou o campeonato esculachado, pressionado e comandado por um técnico interino.

E como dizia minha avó, sempre há um lado bom: o Corinthians não pôde comemorar seu título ontem! A CBF vai ter que esperar mais uns dias para consagrar, finalmente, seu campeão... e pode até, quem sabe, ter sua festa atrapalhada pelo Vasco.



Saudações Tricolores de aniversariante,
Babi

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

The cure

Hoje, pela primeira vez em muito tempo, ouvi Isabella Taviani.

Saí de casa, antes das 7 horas, cantarolando "Digitais". Cheguei a ficar assustada! Fui para o trabalho ouvindo as canções loucamente no iPod... E acabei até escolhendo uma delas para minha aula de hoje ("Luxúria").

E daí?

Enfim, significa que eu estou curada.



um beijo, um abraço ou aperto de mão, 
Babi

domingo, 20 de novembro de 2011

#timedeguerreiros "mitando" no Brasileirão

Eu não sei se o Fluminense Football Club será o campeão do Brasileiro em 2011. Contudo, os dois últimos resultados do Time de Guerreiros foram irrepreensíveis!

O 5 x 4 contra o Grêmio, semana passada, entra para o rol dos grandes jogos do BR-11, ao lado do outro jogo de mesmo resultado, entre Santos e Flamengo. 

E eu arrisco dizer apaixonadamente claro que o 5 x 4 entre os times tricolores foi superior. Não somente pelo Flu, mas por que tanto Rafael (San) quanto Felipe (Fla) não estiveram tão pa-vo-ro-sos quanto Diego Cavalieri nesse jogo!

O resultado de hoje contra o bom Figueirense, cuja torcida não vaiou um único minuto da partida, é uma vitória importantíssima, que garante o Flu na Libertadores em 2012.

Ah, e na boa, que outro time tem jogador "mitando" no Campeonato? Fred, nos últimos dois jogos, pegou os adversários sete vezes. Com 20 gols marcados, busca agora a artilharia do BR-11, que até agora pertence a Borges (San). Ele e Deco, sem dúvidas, são os destaques do Tricolor nessa reta final.





Será que para os pôneis malditos, é hora de dar tchau?

Repito: Para o bem ou para o mal, com os Guerreiros só o fim é o limite.

Saudações Tricolores!
Babi

sábado, 19 de novembro de 2011

A caminho do fim...

A Saga Twilight finalmente ganhou um bom filme.

Eu disse (ou melhor: escrevi) bom. A Summit Entertainment nunca esteve preocupada em criar um novo marco na cinematografia, mas sim em ganhar dinheiro muito dinheiro! Assim, todos sempre souberam que não precisavam se preocupar em fazer bons filmes,  sabiam que os fãs veriam de qualquer jeito... Sim, eu admito isso.*risos*

Mas, "A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 1" (The Twilight Saga: Breaking Dawn - Part 1. EUA: Bill Condon, 2011, 135 min.) é superior aos três filmes anteriores. Nada demais, nenhum efeito especial mirabolante, tampouco investimento em interpretação até por que o elenco da série é fixo (com duas ou três alterações nos papéis menores) e basicamente o mesmo montado por Catherine Hardwicke, diretora de "Crepúsculo".

Talvez a melhora resulte, somente, da junção de Condon (diretor de Dreamgirls e roteirista de Chicago) com o desfecho da estória. É eficaz.

É certo que Kristen Stewart não é e nem será uma grande atriz, apesar de até responder, dessa vez, às nuances que Bella exige. E também que Taylor Lautner deve ter algum sucesso com filmes de ação, principalmente enquanto for o queridinho da Saga, Por sua vez, é notável o amadurecimento de Robert Pattinson, que deu a Edward a leveza e a angústia necessárias à estória, e está muito melhor que nos outros capítulos da série — contudo, também, jamais será um grande ator, apesar de ter tido experiências mais significativas que os outros dois. (Em termos de elenco, vale dizer que a atriz de mais sucesso pouco aparece na Saga: Anna Kendrick, que interpreta Jessica e foi indicada ao Oscar® ano passado).

Há alterações visíveis no livro o que pode desagradar aos fãs puristas , mas que servem para dar mais agilidade à narrativa e tentar escapar daquela "cara de disco arranhado" que o triângulo Jacob-Bella-Edward tem. Inclusive no vestido da noiva, que não tem nada de novecentista...

Claro que "Amanhecer - Parte 1" tem qualidades. Um ponto positivo, sem dúvida, são as cenas filmadas no Rio de Janeiro. Tem um ou outro clichê (como a mulher indígena, que está no livro), mas as locações ajudam e o portunhol de Pattinson é uma fofura apesar de eu ter chegado a achar que ele foi dublado nas cenas. Será?

Outro é a maquiagem de Bella, que definha a olhos vistos durante a gestação. A trilha sonora é o de sempre (ininterrupta e mela-cueca), mas é feito bom uso de canções-chaves do primeiro filme para sintetizar as emoções dessa fase da estória.

Se o filme tem uma cena marcante? Tem sim, e não é nada sexual (pois a classificação indicativa jamais permitiria): Bella bebendo sangue de canudinho!

Mas, em todo caso, o "as mensagens subliminares" de Stephanie Meyer permanecerão passando desapercebidas aos espectadores acríticos: a defesa de princípios do mormonismo (a autora é mórmon), como o sexo só depois do casamento; uma postura radical contra o aborto (inclusive em situações em que mãe e feto correm risco de morte); e, por último mas não menos importante, a ideia de que todas as criaturas podem ser salvas desde que tenham fé e se sacrifiquem.

Ora, imagina se a Família Cullen não se sacrifica ao adotar uma "dieta vampira vegetariana"?

Surpreendente, devo dizer, foi a sessão de estreia: a sala mais adulta e compenetrada de todas as minhas experiências desse tipo! Nada de Team Edward ou Team Jacob se esgoelando à meia-noite! Só fãs ansiosos desfrutando o penúltimo capítulo e à espera do desfecho.

Pena que ainda falta tanto para 16 de novembro de 2012...





Um beijo, um abraço ou um aperto de mão,
Babi

sábado, 12 de novembro de 2011

O retorno dos pôneis

Três pequenas reflexões sobre a derrota do Fluminense para o América-MG, num Engenhão lotado. Uma para cada um dos gols (1 x 2) da partida:

  1. O Fluminense é, definitivamente, o time que mais ignora as dificuldades. Era difícil vencer o Internacional lá no Beira Rio? Foi lá e venceu! Era difícil perder para o América-MG diante de mais quarenta mil tricolores esperançosos? Foi lá e perdeu!
    Se eu fosse otimista, talvez dizesse que "como é difícil conquistar o BR-11, vai lá e...", mas eu não sou.
  2. A maior fragilidade do time de guerreiros não é sua defesa capenga, pasmem os senhores!,  mas seu meio de campo. Sem Deco e com Lanzini o time esteve acéfalo e sem forças, mesmo com um ataque "reforçado", que, no segundo tempo, atuou com Fred, Sóbis, Araújo e He-Man - e fez UM gol.
  3. Por que o técnico Abel Braga nunca executa uma substituição que seja, pelo menos, lógica? Qual a finalidade de substituir o claudicante Lanzini por Araújo? No que é possível emendar outra pergunta: para quê Souza no banco e o Ciro não é mais relacionado?

Enfim, um sábado, de Dia do Tricolor, para ser esquecido...

Thanks, Coelho! Bye-bye, título!

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Hoje é dia de Drummond, bebê.

A Máquina do Mundo
 
E como eu palmilhasse vagamente
uma estrada de Minas, pedregosa,
e no fecho da tarde um sino rouco
 
se misturasse ao som de meus sapatos
que era pausado e seco; e aves pairassem
no céu de chumbo, e suas formas pretas

lentamente se fossem diluindo
na escuridão maior, vinda dos montes
e de meu próprio ser desenganado,

a máquina do mundo se entreabriu
para quem de a romper já se esquivava
e só de o ter pensado se carpia.

Abriu-se majestosa e circunspecta,
sem emitir um som que fosse impuro
nem um clarão maior que o tolerável

pelas pupilas gastas na inspeção
contínua e dolorosa do deserto,
e pela mente exausta de mentar

toda uma realidade que transcende
a própria imagem sua debuxada
no rosto do mistério, nos abismos.

Abriu-se em calma pura, e convidando
quantos sentidos e intuições restavam
a quem de os ter usado os já perdera

e nem desejaria recobrá-los,
se em vão e para sempre repetimos
os mesmos sem roteiro tristes périplos,

convidando-os a todos, em coorte,
a se aplicarem sobre o pasto inédito
da natureza mítica das coisas,

assim me disse, embora voz alguma
ou sopro ou eco ou simples percussão
atestasse que alguém, sobre a montanha,

a outro alguém, noturno e miserável,
em colóquio se estava dirigindo:
"O que procuraste em ti ou fora de

teu ser restrito e nunca se mostrou,
mesmo afetando dar-se ou se rendendo,
e a cada instante mais se retraindo,

olha, repara, ausculta: essa riqueza
sobrante a toda pérola, essa ciência
sublime e formidável, mas hermética,

essa total explicação da vida,
esse nexo primeiro e singular,
que nem concebes mais, pois tão esquivo

se revelou ante a pesquisa ardente
em que te consumiste... vê, contempla,
abre teu peito para agasalhá-lo.”

As mais soberbas pontes e edifícios,
o que nas oficinas se elabora,
o que pensado foi e logo atinge

distância superior ao pensamento,
os recursos da terra dominados,
e as paixões e os impulsos e os tormentos

e tudo que define o ser terrestre
ou se prolonga até nos animais
e chega às plantas para se embeber

no sono rancoroso dos minérios,
dá volta ao mundo e torna a se engolfar,
na estranha ordem geométrica de tudo,

e o absurdo original e seus enigmas,
suas verdades altas mais que todos
monumentos erguidos à verdade:

e a memória dos deuses, e o solene
sentimento de morte, que floresce
no caule da existência mais gloriosa,

tudo se apresentou nesse relance
e me chamou para seu reino augusto,
afinal submetido à vista humana.

Mas, como eu relutasse em responder
a tal apelo assim maravilhoso,
pois a fé se abrandara, e mesmo o anseio,

a esperança mais mínima — esse anelo
de ver desvanecida a treva espessa
que entre os raios do sol inda se filtra;

como defuntas crenças convocadas
presto e fremente não se produzissem
a de novo tingir a neutra face

que vou pelos caminhos demonstrando,
e como se outro ser, não mais aquele
habitante de mim há tantos anos,

passasse a comandar minha vontade
que, já de si volúvel, se cerrava
semelhante a essas flores reticentes

em si mesmas abertas e fechadas;
como se um dom tardio já não fora
apetecível, antes despiciendo,

baixei os olhos, incurioso, lasso,
desdenhando colher a coisa oferta
que se abria gratuita a meu engenho.

A treva mais estrita já pousara
sobre a estrada de Minas, pedregosa,
e a máquina do mundo, repelida,

se foi miudamente recompondo,
enquanto eu, avaliando o que perdera,
seguia vagaroso, de mãos pensas.




P.S. Este poema foi escolhido como o melhor poema brasileiro de todos os tempos por um grupo significativo de escritores e críticos, a pedido do caderno “MAIS” (edição de 02-01-2000), da “Folha de São Paulo”. Publicado originalmente no livro “Claro Enigma”, o texto acima foi extraído do livro “Nova Reunião” (Rio de Janeiro, José Olympio Editora, 1985, p. 300).

Tudo que um diagnóstico de câncer não é, é capital político.

Ontem eu compartilhei uma imagem no Facebook. A mensagem era justa, me dizia respeito diretamente e nem havia o que refletir sobre suas implicações, é tão óbvio. Como encarar o câncer de outra forma? 

 


O problema é que para algumas pessoas a notícia de que o ex-presidente Lula foi diagnosticado com câncer de laringe virou espaço de debate político. O tratamento quimio e radioterápico, que começa hoje, tornou-se um dos focos da insensata politização do diagnóstico do ex-presidente: afinal, para muitos, Lula não deveria se tratar no SUS e não no burguês Hospital Sírio-Libanês?

O curioso é que o vice de Lula, José Alencar, quando na sua luta contra o câncer, não sofreu as mesmas pressões; nem a presidente Dilma Roussef, quando enfrentou um câncer linfático. Não há mesma cobrança quando outros políticos adoecem.

Não esperava que a descoberta do câncer de laringe de Lula fizesse da classe política brasileira — a maioria dela! — mais honesta e digna. Esperava, talvez, que se fizesse solidária. Não que situação e oposição duelassem no intuito de transformar o momento, a quimioterapia, a fragilidade de sua família em capital político.

Os bons e maus momentos do ex-presidente passam longe do Hospital Sírio-Libanês. A arena para o debate político é outra. Não é hora, momento ou motivo para a oposição atacar; não é hora, momento ou motivo para os aliados se inflamarem. Ambos padeceram de bom-senso  e inteligência. E a opinião pública não pode embarcar na ideia de que Lula deveria se tratar no SUS. Afinal, se ele estivesse sob tratamento no INCA ou no Hospital dos Servidores do Estado e no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (como o meu pai), não seria demagogia?

A exposição de sua doença era inevitável. Lula é mito, ponto. Do tipo que Max Weber teria utilizado uma fotografia para ilustrar o conceito de Dominação Carismática, inclusive na sua capacidade de fazer seu sucessor (no caso, sua sucessora). E nada no diagnóstico e no tratamento pode mudar essa situação. 

Eu, cujo interesse por política, ainda criança, se confude com a trajetória do PT e de Lula em busca da Presidência da República, não me solidarizo com o ex-presidente. Meus descontentamentos com o governo e o partido começaram ainda em seu primeiro mandato — na construção das alianças, nas nomeações e no enfrentamento das denúncias de corrupção —, e o Lula da minha infância não pôde ser o mesmo homem que ocupou-se do poder. Minhas críticas e lembranças não aumentam ou diminuem minha solidariedade.

Sou solidária ao ser humano que recebeu o diagnóstico de câncer, independente de ser ex-Chefe de Estado e Governo, ator, gênio da informática, bombeiro ou frentista. Conheço, na pele, as dinâmicas pelas quais passaram, passam e (infelizmente) passarão essas e muitas outras famílias. Mas tudo fica ainda pior quando um câncer é usado como capital político é tudo o que ele não é.

domingo, 30 de outubro de 2011

O fantástico mundo de mim mesma - parte 2: "A Lista de Aniversário"

Hora de retomar as boas tradições!

O dia mais importante do ano está quase aí!

Se eu acreditasse, diria, inclusive, não deu muita sorte não fazer lista de presentes em 2010...


Como não há mal que dure para sempre, resolvi fazer a minha parte ainda que simbolicamente. 

Então, tudo que eu desejo, materialmente, para ser feliz no meu aniversário está aí:




A lista esse ano já sai desfalcada, mas ainda dá para quem me a-do-ra fazer a sua parte! hahahahhaha

beijos, abraços e apertos de mão em contagem regressiva,
Babi

Fora de órbita

OUTUBRO.

Segue para o fim o décimo mês de 2011...

Infelizmente tem sido difícil atualizar o blog com a frequência de antes e no ritmo que eu gostaria, mas a vida tem sido intensa — para o bem, para o mal. Então, vou tentar fazer um balanço dos últimos 15 dias.

O mais importante é que meu pai está bem, em casa, melhorando a cada dia. Ainda que não tenha nenhuma notícia muito boa, a falta de qualquer notícia ruim já é excelente!
Mas, inevitavelmente, o ânimo anda baixo... Na tentativa de compensar um pouco, fiz um Dia da Babi. Fui ao shopping ver umas vitrines eu sei, não gosto, mas até que foi bom. Comprei umas roupas novas e uns sapatos lin-dos, a velha terapia do cartão de crédito! *risos* Com isso a lista de aniversário já está seriamente desfalcada com um mês de antecedência. E finalizei comendo petit gateau — porque brownie, só acompanhada! :)

Desperdicei meu pobre dinheiro com duas melecas cinematográficas: "Os três mosqueteiros - 3D" e "Família vende tudo". O segundo acabou decepcionando mais, porque acreditei no trailer e esperava um filme divertido — não é. Quanto aos mosqueteiros... muita ação e um roteiro sem-pé-nem-cabeça! Tô começando a cansar dessas porcarias em terceira dimensão...

Em compensação, de graça (ou pelo $ da Sky, como queira), assisti finalmente a "Toy Story 3". Sim, aquilo é cinema! Que fechamento delicado e divertido para uma trilogia (?) tão fofa!

E já recebi o convite para o casamento de Edward Cullen e Bella Swan, isto é, ingresso devidamente comprado para a sessão de estreia de "Amanhecer", à meia-noite de 18 de novembro. Daí que, como de hábito, comecei a reler o livro. E brochei. Sério. Veio um insight que me faltou na primeira leitura: se Edward não teve lágrimas para se emocionar na cerimônia de casamento (bem como nunca comeu, bebeu, suou...), como teve esperma para engravidar a Bella?!

A solução da autora é exatamente daqueles blá-blá-blás que me tiram do sério. Ou seria apenas meu lado intelectual em conflito com meu gosto duvidoso? OMG!*risos* Ainda não sei, mas vou lá conferir o final da "Saga Crepúsculo".

Mas, falando de coisas sérias: Muamar Kadafi e Orlando Silva caíram. Bom, na verdade, o sexto ministro a cair na gestão Dilma só poderá ser considerado coisa séria se as denúncias forem efetivamente apuradas e os culpados punidos. Sem contar que, com Aldo Rebelo como substituto, o PCdoB se mantém no poder — claramente mais preocupado em não perder espaço em Brasília do que com as boas intenções que vem defendendo em seus programas de tv...

Tampouco será menor a farra com o dinheiro público para a Copa de 14 e os jogos olímpicos de 16.

Já o fim da ditadura e do próprio Gadafi (seja lá como é que se escreve!), sim, é política séria. Minha tese sobre a Primavera Árabe torna-se a cada dia mais lógica: as revoltas populares foram muito mais eficazes que décadas de pressão da comunidade internacional e a política externa dos Estados Unidos. O que também é comprovado pelas primeiras eleições livres da Tunísia, há uma semana.

Se os desdobramentos da Primavera ainda são insondáveis,  fato é que as revoluções já são História.

Menos impactante a longo prazo, certamente, outra morte que gerou grande comoção foi a de Steve Jobs. Fã do pomar que sou e imersa numa luta contra o câncer, fiquei comovida. Talvez não compartilhe os mesmos sentimentos dos macmaniacs ao redor do mundo, mas a perda de alguém tão talentoso (ainda mais para essa doença) é sempre triste.

Já o meu Tricolor, é o de sempre: imprevisível. Quando pensava que ele ia ganhar (Atlético-MG), lá foi ele perder de novo (0 x 2)... mantendo-se agarrado à 5ª colocação no BR11. Esteve ali desde que perdeu para o Flamengo (3 x 2) e venceu Coritiba e Palmeiras (3 a 1 e 2 a 1, respectivamente). Só avançou uma casinha no tabuleiro do Brasileirão ao vencer o Ceará (1 x 2) e receber uma ajudinha do Grêmio (4 x 2 contra o Flamengo) hoje! 

Só uma coisa é sempre a mesma com esse time: a defesa dos pôneis guerreiros que não fica uma partida sem levar gol! 

Comecei a cantarolar o hino do Flu, agora, e acabei de me dar conta não tenho ouvido música — não tem dado tempo! Nem o CD novo de Lenine, querido,"CHÃO"... oh, vida. Mas acabei de ler "A guerra dos Tronos", livro um da extensa série "As Crônicas de Gelo e Fogo", de George R. R. Martin (publicado, pasmem os senhores!, em 1996). E amei! Estou ansiosa pelo livro dois (pergunto a todo mundo o que acontece) e tentando acompanhar a série na tv.

O doutorado vai indo bem. A cada dia o tema da tese e o IFCS me animam mais... embora uns e outros me incomodem, é verdade. Imagina o que vai ser quando eu tiver tempo, menos preocupações... e conseguir encontrar meu (des)orientador?!*risos* Ai, ai...

Em resumo: sigo enrolada como de costume!

Se não posso controlar a ampulheta, o fim de Outubro também significa que o dia mais importante do ano está chegando!!

um beijo, um abraço ou aperto de mão,
Babi

sábado, 15 de outubro de 2011

Apesar de tudo, sempre haverá o que comemorar

15 de outubro: 
Dia do Professor. 

"Nascemos fracos, precisamos de força; nascemos privados de tudo, precisamos de assistência; nascemos estúpidos, precisamos de juízo. Tudo o que não temos quando nascemos, e de que precisamos quando crescidos, nos é dado pela educação".


JEAN-JACQUES ROUSSEAU 


Emílio ou a educação (1762)















 










































Que a vida me permita nunca esquecer, no exercício da profissão que escolhi, de como eu sou quando estou aluna e o que espero dos meus professores e professoras.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Etapas

Os cabelos caíram, a aparência está mais frágil e o corpo mais magro... Mas meu pai está de novo em casa. Os médicos afirmam que autotransplante de células tronco-periféricas (TCTP) foi um sucesso. O coração se enche de esperança para mais uma etapa, que, se não for menos fácil que as anteriores, alenta pelo simples fato de estarmos avançando.
Os caminhos podem ser inesperados e tortuosos, mas não se pode fugir da caminhada.

um beijo, um abraço ou aperto de mão, 
Babi

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Em falta

"Deus de vez em quando me castiga. Me tira a poesia. Olho para uma pedra e vejo uma pedra."

Adélia Prado




segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Vilões e Mocinhos *

A alegria de ter um time de futebol de coração é impressionante. Se esse time de coração é o Fluminense Football Club, retumbante de glórias, torcer por ele é pura magia. 

Claro que magia não é sinônimo de perfeição. Nem o Flu de 2010, o campeão tão saudoso em grande parte desse ano, era perfeito. A mágica tricolor é o imprevisível, o ilimitado, o inexplicável. É se superar nas situações mais adversas, ganhar quando a derrota já parece certa. Mas também, óbvio, é dar margens a desempenhos pífios quando se esperava show, deixar vitórias deliciosas escaparem por entre os dedos... sofrer apagões de deixar a todos boquiabertos. 

Assim, para o bem ou para o mal, com os Guerreiros só o fim é o limite.

No segundo turno do BR-11, o Flu vem se reabilitando. Os vilões de ontem, como Márcio Rosário, Deco e Marquinho, são os heróis de agora. Futebol é assim, dizem os especialistas que é coisa de momento. 

As oscilações parecem ser coisa do passado. A última derrota foi um vergonhoso 3 x 0 para o Bahia, num dia de atuação inexplicável. 

Depois, o Flu venceu o Avaí por 3 x 1, tomando aquele golzinho maroto que só nossa zaga  nos proporciona. E suou para empatar - o segundo empate no campeonato - com o Atlético-PR lá na Arena da Baixada, quando Fred marcou seu 199º gol, de pênalti. 

E foi magistralmente guerreiro ao vencer o ex-técnico Muricy Ramalho e Neymar e cia. hoje. No gramado desastroso de Volta Redonda e diante de uma torcida apaixonada, Fluminense 3 x 2 Santos, com cabeceio perfeito de - pasmem os senhores! - Márcio Rosário, no último minuto dos acréscimos!

Crédito: Felipe Feijão. Disponível em: http://migre.me/5Pvzq
O Flu está na briga pelo título? Claro que está. Mas ainda sou da tese de que é melhor deixar quieto: quanto menos os outros prestarem a atenção e quanto menos alarde fizerem, mais longe vai o Time de Guerreiros.

Que venha o Flamengo!


Rumo a Libertadores e ao Tetra,
Babi

P.S. Mais uma vez o futebol e o Flu me distraem das tragédias cotidianas.

*Atualizações em dias de hospital. Escrito em: 03.10.2011.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Guerra

É hoje o dia do transplante.
Frio na espinha, ansiedade, receio e fé... tudo misturado.

O mais difícil é ter que ir trabalhar, estudar, quase agir como se nada estivesse acontecendo. O corpo vai ao trabalho e à faculdade, já a cabeça....

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Será que vai dar samba? *


 

*Atualizações em dias de hospital. Escrito em: 02.10.2011.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

26 de setembro de 2011

Hoje nossa luta contra o câncer entra em sua fase decisiva.

No dia do aniversário de minha mãe, quando nos preparávamos para comemorar a data, o hospital solicitou a internação do meu pai para dar início aos procedimentos para a realização de um autotransplante de células tronco-periféricas (TCTP).

Falta muito menos do que faltava há quase um ano, quando ele foi diagnósticado. Falta muito menos do que faltava até ontem.

Agora é ter fé e força.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Dose dupla

Toco na agenda! Daqueles de envergonhar... *risos*

Não, não foi nenhum dia da Babi. Só uma solução inesperada para um dia ruim - problemas no trabalho, uma sandália arrebentada antes de chegar no trabalho, um rasgo na roupa... Enfim, muito estresse.

Para mudar o rumo das coisas, matei aula, almocei no McDonald's, comprei uma sandália nova para substituir a estragada (que calcei ali, na Arezzo mesmo), providenciei um disfarce para roupa e fui ao cinema!
Só algumas coisas, não muitas e sobre as quais eu prefiro não comentar, são melhores que isso! *risos*

Ousei nas escolhas e assisti a dois filmes que realmente queria e me fariam bem: um terror  e uma boa comédia.

A primeira sessão, então, foi "Premonição 5". Nunca um ingresso de 3D foi tão recompensado nem em "Avatar", nem tão nojento!

Se esse é o último filme da franquia eu não sei, mas o quinto capítulo da saga conseguiu ser ainda mais criativo e perverso. O humor de "Zé Maria" pareceu mais cru, por que dessa vez a morte decidiu abrir espaços para negociações. O final surpreendente mostra a tentativa de reabilitação do diretor, quase um pedido de desculpas pelo acúmulo de mortes toscas do número 4, e a tentativa de reconduzir a série ao status de terror pop, ao lado de "Jogos Mortais".

Então, após nova voltinha no shopping, encarei "Missão Madrinha de Casamento". Sim, logo eu que tenho problemas graves com comédias, por que assistir a esse filme? Porque era uma comédia de meninas (não para meninas), com a nova queridinha dos americanos, a atriz Melissa McCarthy("Mike & Molly").

A estória é muito semelhante a "Se beber, não case", inclusive com algumas piadas pautadas na escatologia. E narra toda a loucura anterior a realização de uma cerimônia de casamento (dinheiro, vestidos, buffet e algumas idiossincrasias bem estadunidenses) e seu efeito sobre a amizade entre as madrinhas e a noiva.

O filme não é nada demais, mas o bom é que ele abre brecha para a leveza e a sensibilidade. Tanto que, piadas a parte, o mais legal do filme é o questionamento sobre os efeitos — quase sempre devastadores! — que a chegada de terceiros tem sobre amizades sólidas.

Impossível não me lembrar de minhas amigas queridas e não me emocionar... Todas nós, inclusive eu, estamos disponíveis a outras amizades e nem sempre sabemos lidar com o ciúme e a carência. É ainda mais difícil com amigas(os) de longa data, pois a vida parece gostar de arrastar a gente para lados opostos.

O filme me fez chegar em casa com vontade de abraçar cada uma das minhas amigas e dar um soco nas novas amigas delas!*risos*
(I'm kidding. Or not.)

um beijo, um abraço ou aperto de mão, 
Babi

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

De dona Magali a genialidade

Apenas um motivo me levou ao cinema para assistir a "O Homem do Futuro" (BRA, Claudio Torres, 2011, 102 min.), e ele tem nome e sobrenome: Wagner Moura.

Há algum tempo, bem antes do filme entrar em cartaz, li uma nota (não me recordo onde, ou de quem era a nota) tirando um sarro da futura aposta do cinema nacional que tentaria tirar um sarro com o clássico "De volta para o futuro" (Back to the future. EUA, Robert Zemekis, 1985, 116 min.), ou seja, cheirinho de fracasso no ar... 

Ainda bem que o talento de Moura permitiu que eu não desse ouvidos aquele(a) mal-humorado(a) que tentou comparar esse filme ao clássico de Zemekis. "O Homem do Futuro" é muito bom!

A trilha sonora é impecável. Daquelas que te faz lembrar vários momentos da sua vida e sair cantarolando do cinema; e eu saí do OdeonBR de iPod na mão, já procurando "Tempo Perdido", da Legião Urbana.

E, olha que eu só conheci a Legião já no finzinho da banda. Meu primeiro CD foi a Tempestade ou o Livro dos Dias, de 1996, ano em que Renato Russo morreu e a banda terminou. Portanto, apreendi as músicas da banda "de trás para a frente" e não curti o sucesso do grupo como aqueles que eram adolescentes e jovens em 1985 tiveram a oportunidade...

Além disso, Alinne Moraes (Helena), bonita como sempre, tem uma interpretação segura e demonstra total entrosamento com Moura (Zero). Assim como Maria Luiza Mendonça, parece mesmo estar se tornando mais uma atriz de cinema que de televisão. Não dá para dizer que foi o pior do filme, mas Gabriel Braga Nunes e Fernando Ceylão estiveram fora do tom.

E o que dizer de Wagner Moura, o motivo do ingresso? Que é o melhor ator do cinema nacional e um dos melhores do país de modo geral, sem dúvida. E Zero é a prova mais recente de seu imenso talento, pois exige dele três interpretações sutilmente diferentes e semelhantes: com as viagens no tempo, o personagem incorpora consciências sobre o passado e o futuro. Não são a maquiagem ou os efeitos que nos fazem perceber as mudanças dos personagens e situações (tempo), mas a própria interpretação de Wagner, que produz um Zero realmente diferente para cada momento. 

Sem contar que, após o histórico Capitão/Coronel Nascimento, de Tropa de Elite, ele volta a fazer comédia. E tem um desempenho tão bom quanto o que me conquistou (de verdade) em "Sexo Frágil" e brilhava ao intepretar a arretada dona Magali.

Na série, exibida por duas temporadas (2003 e 2004), Wagner Moura, Lázaro Ramos, Lucio Mauro Filho e Bruno Garcia eram atores promissores que se dividiam na interpretação dos papéis masculinos e femininos, para contar, de forma bem-humorada, as relações entre homens e mulheres. Hoje todos são atores reconhecidos e bem-sucedidos. E, sem dúvidas, Wagner Moura é a estrela mais ascendente dos quatro. Nos teatros, na televisão e no cinema sua genialidade já foi comprovada. E, em breve, chegará a Hollywood.

Só isso bastaria, mas "O Homem do Futuro" também é inovador. Após a sequência de filmes realistas ("Cidade de Deus", "Carandiru" e "Tropa de Elite") e dos enlatados da Globo Filmes, o cinema nacional embarca na ficção científica. E não faz feio. 

Claudio Torres mostra que pode fazer mais que boas comédias. Encontra soluções estéticas simples para falar de tecnologia; usa locações inteligentes (como o campus do Fundão da UFRJ), apesar de repetir o batidérrimo prédio Ministério do Trabalho, no Centro do Rio; e dá aula de Filosofia e Física da forma mais simples e despojada - tal qual Alfonso Cuaron em "Harry Potter e o Prisioneio de Askaban" - ao discutir a teia espaço-tempo e a demanda humana pelas viagens no intertemporais. O tempo e o espaço são, não há outra realidade.

Ah, quem me dera outra realidade agora... Mas se eu voltasse no tempo amanhã não seria tudo o mesmo?

um beijo, um abraço ou aperto de mão,
Babi

terça-feira, 13 de setembro de 2011

♥ Lenine ♥

Sim, hoje, para mim é Lenine's Day! 

Passei o dia ouvindo suas canções... (ah, como se fosse sacrifício! *risos*) Talvez resultado, daquela vontade mortal, de vê-lo novamente, ao vivo.

No Circo Voador, há muito tempo...
 

Tienen miedo del amor y no saber amar
Tienen miedo de la sombra y miedo de la luz
Tienen miedo de pedir y miedo de callar
Miedo que da miedo del miedo que da

Tienen miedo de subir y miedo de bajar
Tienen miedo de la noche y miedo del azul
Tienen miedo de escupir y miedo de aguantar
Miedo que da miedo del miedo que da

El miedo en una sombra que el temor no esquiva
El miedo as una trampa que atrapó al amor
El miedo es la palanca que apagó la vida
El miedo es una grieta que agrandó el dolor

Tenho medo de gente e de solidão
Tenho medo da vida e medo de morrer
Tenho medo de ficar e medo de escapulir
Medo que dá medo do medo que dá

Tenho medo de acender e medo de apagar
Tenho medo de esperar e medo de partir
Tenho medo de correr e medo de cair
Medo que dá medo do medo que dá

O medo é uma linha que separa o mundo
O medo é uma casa aonde ninguém vai
O medo é como um laço que se aperta em nós
O medo é uma força que não me deixa andar

Tienen miedo de reir y miedo de llorar
Tienen miedo de encontrarse y miedo de no ser
Tienen miedo de decir y miedo de escuchar
Miedo que da miedo del miedo que da


Tenho medo de parar e medo de avançar
Tenho medo de amarrar e medo de quebrar
Tenho medo de exigir e medo de deixar
Medo que dá medo do medo que dá

O medo é uma sombra que o temor não desvia
O medo é uma armadilha que pegou o amor
O medo é uma chave que apagou a vida
O medo é uma brecha que fez crescer a dor


El miedo es una raya que separa el mundo
El miedo es una casa donde nadie va
El miedo es como un lazo que se apierta en nudo
El miedo es una fuerza que me impide andar

Medo de olhar no fundo
Medo de dobrar a esquina
Medo de ficar no escuro
De passar em branco, de cruzar a linha
Medo de se achar sozinho
De perder a rédea, a pose e o prumo
Medo de pedir arrego, medo de vagar sem rumo


O medo estampado na cara ou escondido no porão
O medo circulando nas veias ou em rota de colisão
O medo é de Deus ou do demo? É ordem ou é confusão?
O medo é medonho
O medo domina
O medo é a medida da indecisão

Medo de fechar a cara, medo de encarar
Medo de calar a boca, medo de escutar
Medo de passar a perna, medo de cair
Medo de fazer de conta, medo de iludir

Medo de se arrepender
Medo de deixar por fazer
Medo de se amargurar pelo que não se fez
Medo de perder a vez
Medo de fugir da raia na hora H
Medo de morrer na praia depois de beber o mar
Medo que dá medo do medo que dá
Medo que dá medo do medo que dá.



Miedo, Lenine/Pedro Guerra