A TV que tanto amo nunca foi dos meus temas mais constantes. Vai entender!
Talvez, por isso, tenha demorado tanto tempo para descrever algo tão tocante e emocionante pra mim quanto a novela Lado a Lado.
Não tem só aquele lindo do Lárazo Ramos, o talento do Thiago Fragoso, o xodó com a Marjorie Estiano, as interpretações de Patricia Pillar e Milton Gonçalves, ou a belezura da Camila Pitanga. A novela é bela, delicada, instigante, comovente.
A relevância histórica, as idiossincrasias de um momento de transição, o novo (República e abolição) e o velho (Império e escravidão) em disputa cotidiana; enquanto se inventavam as nossas tradições: o futebol, o morro, o samba e o progressismo até a página 2.
Tudo isso ao som trilha sonora eclética e impactante - aimeudeus... o que são as cenas de Milton Gonçalves e Camila ao som de "O mundo é um moinho" interpretada por Beth Carvalho? Não há uma única vez em que eu não tenha chorado!
A abertura é sublime.
Além disso, a beleza da construção do papel do negro pós-abolição, a busca da mulher pelo seu lugar de fala e a luta ad infinitum contra o racismo estão ali, a cada capítulo. Capítulos bem tratados, bem escritos e dirigidos.
Se não são, tudo isso, motivos suficientes para me apaixonar como me apaixonei... é coisa de pele.
É uma pena, enfim, que já esteja acabando. Mas como toda novela, admito, tem horas que fica chata... *risos*
Um beijo, um abraço ou aperto de mão,
Babi
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