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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Nas células tronco, a esperança

Minha vida é um livro aberto. Mas sou suficientemente tímida e reservada para não a manter escancarada (o que até pode parecer um contrassenso para quem escreve um blog ou possui perfis em redes sociais, mas não é). E ainda assim eu comentei algumas vezes que meu pai estava fazendo quimioterapia.

Amanhã ele começará os procedimentos para a realização de um autotransplante de células tronco-periféricas (TCTP). Há quase um ano ele foi diagnosticado com mieloma múltiplo, um tipo grave e agressivo de câncer na medula óssea.


A notícia, agora, pode parecer surpresa, talvez eu nunca tenha comentado diretamente o caso ou me estendido quanto a gravidade do problema. Não tenho um motivo muito claro para isso. Talvez só tenha sido mais fácil blindar minha vida acadêmica e profissional (tentando me manter trabalhando e sem "desculpas" para eventuais falhas); deixar minha vida social de lado sob o pretexto dos estudo; e dedicando quase todo tempo meu a atividades simples e que pudessem ser feitas de casa (como me interessar ainda mais pelo Fluminense e me afastar das salas de cinema).  

Mas acredito que foi só porque é sempre muito mais fácil compartilhar boas notícias que ruins... E também porque "certa privacidade", criando espaços onde as pessoas não soubessem exatamente o que acontece, garantiu um mínimo de leveza a toda essa situação.

E, sim, apesar de todos os riscos e da gravidade, é uma boa notícia ele ter sido diagnosticado tão precocemente que será possível submetê-lo a um tratamento pioneiro e capaz de aumentar enormente sua qualidade de vida. O mieloma ainda não tem cura, mas o tratamento com células tronco (autotransplante) é a melhor alternativa.

Boa notícia também é que o procedimento será realizado no centro de referência desse tipo de tratamento em nosso estado, o Hospital Universitário do Fundão (UFRJ), e que nós ficamos menos de 7 meses na fila. E eu digo nós porque o diagnóstico de câncer atinge toda uma família; sem contar que as filas para transplantes, inclusive os de tipo mais simples, infelizmente ainda são enormes.

Apesar de tudo, estamos confiantes e esperançosos de que no final tudo terminará bem.

Obrigada certamente não é a palavra mais adequada, mas agradeço muito por suas orações, pensamentos e vibrações positivas e torcida.

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