A Saga Twilight finalmente ganhou um bom filme.
Eu disse (ou melhor: escrevi) bom. A Summit Entertainment nunca esteve preocupada em criar um novo marco na cinematografia, mas sim em ganhar dinheiro — muito dinheiro! Assim, todos sempre souberam que não precisavam se preocupar em fazer bons filmes, sabiam que os fãs veriam de qualquer jeito... Sim, eu admito isso.*risos*
Mas, "A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 1" (The Twilight Saga: Breaking Dawn - Part 1. EUA: Bill Condon, 2011, 135 min.) é superior aos três filmes anteriores. Nada demais, nenhum efeito especial mirabolante, tampouco investimento em interpretação — até por que o elenco da série é fixo (com duas ou três alterações nos papéis menores) e basicamente o mesmo montado por Catherine Hardwicke, diretora de "Crepúsculo".
Talvez a melhora resulte, somente, da junção de Condon (diretor de Dreamgirls e roteirista de Chicago) com o desfecho da estória. É eficaz.
Talvez a melhora resulte, somente, da junção de Condon (diretor de Dreamgirls e roteirista de Chicago) com o desfecho da estória. É eficaz.
É certo que Kristen Stewart não é e nem será uma grande atriz, apesar de até responder, dessa vez, às nuances que Bella exige. E também que Taylor Lautner deve ter algum sucesso com filmes de ação, principalmente enquanto for o queridinho da Saga, Por sua vez, é notável o amadurecimento de Robert Pattinson, que deu a Edward a leveza e a angústia necessárias à estória, e está muito melhor que nos outros capítulos da série — contudo, também, jamais será um grande ator, apesar de ter tido experiências mais significativas que os outros dois. (Em termos de elenco, vale dizer que a atriz de mais sucesso pouco aparece na Saga: Anna Kendrick, que interpreta Jessica e foi indicada ao Oscar® ano passado).
Há alterações visíveis no livro — o que pode desagradar aos fãs puristas —, mas que servem para dar mais agilidade à narrativa e tentar escapar daquela "cara de disco arranhado" que o triângulo Jacob-Bella-Edward tem. Inclusive no vestido da noiva, que não tem nada de novecentista...
Claro que "Amanhecer - Parte 1" tem qualidades. Um ponto positivo, sem dúvida, são as cenas filmadas no Rio de Janeiro. Tem um ou outro clichê (como a mulher indígena, que está no livro), mas as locações ajudam e o portunhol de Pattinson é uma fofura— apesar de eu ter chegado a achar que ele foi dublado nas cenas. Será?
Outro é a maquiagem de Bella, que definha a olhos vistos durante a gestação. A trilha sonora é o de sempre (ininterrupta e mela-cueca), mas é feito bom uso de canções-chaves do primeiro filme para sintetizar as emoções dessa fase da estória.
Se o filme tem uma cena marcante? Tem sim, e não é nada sexual (pois a classificação indicativa jamais permitiria): Bella bebendo sangue de canudinho!
Outro é a maquiagem de Bella, que definha a olhos vistos durante a gestação. A trilha sonora é o de sempre (ininterrupta e mela-cueca), mas é feito bom uso de canções-chaves do primeiro filme para sintetizar as emoções dessa fase da estória.
Se o filme tem uma cena marcante? Tem sim, e não é nada sexual (pois a classificação indicativa jamais permitiria): Bella bebendo sangue de canudinho!
Mas, em todo caso, o "as mensagens subliminares" de Stephanie Meyer permanecerão passando desapercebidas aos espectadores acríticos: a defesa de princípios do mormonismo (a autora é mórmon), como o sexo só depois do casamento; uma postura radical contra o aborto (inclusive em situações em que mãe e feto correm risco de morte); e, por último mas não menos importante, a ideia de que todas as criaturas podem ser salvas desde que tenham fé e se sacrifiquem.
Ora, imagina se a Família Cullen não se sacrifica ao adotar uma "dieta vampira vegetariana"?
Ora, imagina se a Família Cullen não se sacrifica ao adotar uma "dieta vampira vegetariana"?
Surpreendente, devo dizer, foi a sessão de estreia: a sala mais adulta e compenetrada de todas as minhas experiências desse tipo! Nada de Team Edward ou Team Jacob se esgoelando à meia-noite! Só fãs ansiosos desfrutando o penúltimo capítulo e à espera do desfecho.
Pena que ainda falta tanto para 16 de novembro de 2012...
Um beijo, um abraço ou um aperto de mão,
Babi
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