Pela primeira vez vejo meu time Campeão Brasileiro.
Infelizmente, desmandos, arbitrariedades, más gestões e o próprio sistema do futebol brasileiro, fizeram como que eu passasse uma vida inteira sem assistir a esse feito.
As glórias e as histórias do Fluminense, o Tricolor, eu só ouvi falar: Taça Olímpica (1949), Mundial Interclubes (1952), os Campeonatos Brasileiros de 1970 — a Taça de Prata, torneio dos mesmos moldes que deu origem ao Brasileiro no ano seguinte — e de 1984. Nelson Rodrigues confirmava todo o tempo, com suas frases eloqüentes, que o meu tricolor é enorme. Mas eu podia confirmar?
As trágicas quedas a Segunda e Terceira Divisões do futebol nacional e o ainda mais trágico retorno à Primeira Divisão (por debaixo dos panos, fora das quatro linhas) são lembranças marcantes. Porém, alimentaram a minha memória, o gol de barriga de Renato Gaúcho no Carioca (1995), alguns títulos estaduais e a conquista da Copa do Brasil, em 2007. A Libertadores de 2008, ufa!
Ao meu time não faltava amor, dedicação de seus torcedores, muito menos um mecenas —Dr. Celso Barros, Unimed-Rio. Faltava sorte. A tal sorte de campeão. Aquela que fez um time matematicamente rebaixado manter-se na Série A do Brasileirão em 2009.
Ah, era o Time de Guerreiros se consolidando. E me atrevo a dizer que, sim, o título de hoje começou a ser construído naquele jogo aflito com o Coritiba no final de 2009. A História do Tricolor ganhou um capítulo tão sofrido quando bonito no Engenhão, dando ao Estádio Municipal João Havelange o seu primeiro título nacional.
Tricampeão, o Fluminense coloriu os céus do país de verde, branco e grená e obrigou a todos a ouvirem o Hino mais bonito do mundo!
"Eu vos digo que o melhor time é o Fluminense.
E podem me dizer que os fatos provam o contrário,
que eu vos respondo: pior para os fatos"
- Nelson Rodrigues
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