Nos últimos tempos, em ocasiões e lugares diferentes, pessoas públicas têm citado o Nazismo.
John Galliano perdeu seu emprego na grife Dior após afirmar que amava Hitler, enquanto o cineasta Lars von Trier escandalizou Cannes ao dizer que o compreendia. A lista é longa — e vai de uma fantasia de Hitler usada pelo Príncipe Harry à preferência Bernie Ecclestone por regimes totalitários a formas de governo democráticas.
Se todos têm direito a expressar suas opiniões livremente, o que choca tanto? A recorrência das citações? Ou ouvir de pessoas comuns — e não de "loucos" neonazistas — palavras de admiração?
Mas também é construída sob o revisionismo, que (em linhas gerais) nega as ações do regime nazista, especialmente o genocídio, em prol da continuidade da identidade nacional alemã, posicionando o nacional-socialismo no mesmo patamar de quaisquer outros governos da história, em resposta a uma conspiração sionista.
Por outro lado, é preciso considerar também a banalização no uso desses conceitos. Hoje, qualquer posicionamento mais tradicional corre o risco de ser considerado simpatizante. Vide o Ministro da Educação, Fernando Haddad, que considera fascistas os que criticam os polêmicos livros de Língua Portuguesa que acatam expressões populares — do tipo "eles vai", "nós pega"— como corretas...
Ofensa ou afinidade, parece que, sem que as pessoas se deem muito conta, nazis e facis estão na moda. Nessa batida, no pior dos mundos, imagino cenas de bullying com estudantes esbravejando: "Nazista é a mãe!" em resposta a um sonoro coro "Hitler! Hitler!". Ou tanto pior se ele responder "Já é..."?
um beijo, um abraço ou aperto de mão,
Babi