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segunda-feira, 2 de maio de 2011

A morte de Osama Bin Laden é a vitória do Império? Uma morte e muitas perguntas.


A vida, às vezes, não parece séria.

Ontem, quase meia-noite, eu estava assistindo a um episódio de "The Walking Dead" (no FX), representativo do modo como os Estados Unidos passaram a produzir filmes/programas de ação, violência e guerra após os atentados de 11/09 — a exceção de Jack Bauer — com muitos zumbis e super-heróis. E mesmo assim é possível ler esses novos produtos como alegorias sobre o terrorismo, em respeito ao esforço e a trajetória dos soldados que lutam no exterior (qualquer outro tratamento é sacralizado, visto "The Hurt Locker", de Kathryn Bigelow, vencedor do Oscar®).

Aí, mudando de canal na hora do intervalo, páro na Globonews e a legenda informa que Osama Bin Laden estaria morto e que o presidente Barack Obama discursaria em minutos para confirmar a notícia. Juro que, na hora, cliquei no FX — vai que ainda tava no "The Walking..."? Que nada. De volta a Globonews. Corro no escritório, pego o computador. Acesso o site da Casa Branca e o Live Stream estava disponível a espera de Obama. Era real.

Tropas especiais estadunidenses no Paquistão mataram Osama Bin Laden.

Desde então, madrugada e manhã de especulações (e eu confesso que não tenho muita paciência...). Há pouco a rede de tv CNN especula que exames de DNA confirmam o perecimento do terrorista. 

É inegável que, a quase uma década dos atentados, o governo estadunidense deve aplacar (um pouco!) a oposição e aumentar a adesão da opinião pública nesse tema tão espinhoso, junto de Economia, Saúde e desemprego.  Contudo, a morte de Osama Bin Laden deixa mais perguntas que respostas, porque ela está longe de significar a vitória dos EUA na guerra contra o terrorismo.

A primeira é mais patética: será que Bin Laden morreu mesmo? A foto/fotomontagem permite especulações nesse âmbito. Será que não serão divulgadas imagens justamente para impedir a associação de sua morte a martírio?

A morte de Bin Laden foi mais vantajosa que a captura, a prisão e o julgamento? Talvez para o imaginário da população vitimada e pós-11 de setembro seja mais acalentador, mas se tinha alguém com algo a dizer sobre as últimas duas décadas era ele.

Por que os EUA se preocuparam em seguir rituais islâmicos de sepultamento e lançaram o corpo dele no mar? Impedir a criação de um lugar de peregrinação é plausível, mas ainda assim.

Sabe-se que o terrorismo internacional mujahidin é celular e descentralizado e, portanto, a morte de Osama Bin Laden não elimina as ameaças. Mas, isso vai encurtar a guerra contra o terrorismo? Ou aumentar a paciência da opinião pública com relação a permanência das tropas?

A cerca de dois anos da eleição presidencial, Obama vai conseguir gerenciar o capital político obtido com "essa vitória" e garantir a reeleição?

E, principalmente, a morte dele deixará o mundo mais seguro ou inseguro?

A fotomontagem, segundo a imprensa

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