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terça-feira, 31 de maio de 2011

Na moda?

Nos últimos tempos, em ocasiões e lugares diferentes, pessoas públicas têm citado o Nazismo. 

John Galliano perdeu seu emprego na grife Dior após afirmar que amava Hitler, enquanto o cineasta Lars von Trier escandalizou Cannes ao dizer que o compreendia.  A lista é longa — e vai de uma fantasia de Hitler usada pelo Príncipe Harry à preferência Bernie Ecclestone por regimes totalitários a formas de governo democráticas.

Se todos têm direito a expressar suas opiniões livremente, o que choca tanto? A recorrência das citações? Ou ouvir de pessoas comuns — e não de "loucos" neonazistas — palavras de admiração?

Pode ser, e isso é especulação de uma historiadora, que o distanciamento promova esse tipo de atitude. A memória coletiva recente sobre os regimes fascistas é formada a partir dos livros de História, filmes (como os ótimos "Bastardos Inglórios", de Tarantino, e "A Onda") e documentários sobre o holocausto.

Mas também é construída sob o revisionismo, que (em linhas gerais) nega as ações do regime nazista, especialmente o genocídio, em prol da continuidade da identidade nacional alemã, posicionando o nacional-socialismo no mesmo patamar de quaisquer outros governos da história, em resposta a uma conspiração sionista.

Por outro lado, é preciso considerar também a banalização no uso desses conceitos. Hoje, qualquer posicionamento mais tradicional corre o risco de ser considerado simpatizante. Vide o Ministro da Educação, Fernando Haddad, que considera fascistas os que criticam os polêmicos livros de Língua Portuguesa que acatam expressões populares do tipo "eles vai", "nós pega"— como corretas...

Ofensa ou afinidade, parece que, sem que as pessoas se deem muito conta, nazis e facis estão na moda. Nessa batida, no pior dos mundos, imagino cenas de bullying com estudantes esbravejando: "Nazista é a mãe!" em resposta a um sonoro coro "Hitler! Hitler!". Ou tanto pior se ele responder "Já é..."?

um beijo, um abraço ou aperto de mão, 
Babi

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