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domingo, 30 de janeiro de 2011

Alexandria, Cairo e Suez - Egito. Janeiro de 2011.

Talvez seja a primeira grande onda de protestos e violência do ano. (2011 promete...)

Inspirados pela Tunísia, onde protestos populares desde dezembro derrubaram a ditadura de Zine Al-Abidine Ben Ali, e a prisão domiciliar de Mohamed ElBaradei - ganhador do Nobel da Paz e ex-chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), os egípcios exigem democracia.

Segundo informações, são cerca de dois mil feridos e uma dezena de mortos entre os manifestantes egípcios que protestam há uma semana contra o governo do presidente Hosni Mubarak.

Mubarak e seu grupo político estão há 31 anos no poder.







Diante das manifestações o governo tem respondido com violência, mas não somente dispondo o Exército contra os populares. Resolveu calar a população implementando toque de recolher e a suspensão da internet e telefones celulares. E talvez esse seja um aspecto importante: o movimento antiMubarak, especialmente o "6 de abril" - em lembrança às jornadas de 2008 - começou online, no Facebook.

O mundo acompanha a atudo, não só porque uma crise política dessa extensão merece atenção, mas porque ela ameaça se alastrar para a Jordânia e Marrocos.

Uma peça importante e insondável desse jogo de xadrez é os Estados Unidos. Apesar de ser uma ditadura, o governo egípcio tem acordos militares com o país. E a liderança de Obama, nitidamente fragilizada, tem como dilema manter o apoio histórico ao governo ou defender a liberdade de expressão e manifestação, o fim da violência contra o povo egípcio e a transição pacífica de governo.





Talvez pressionado pelos EUA, talvez acuado pela população que se nega a sair das ruas apesar da truculência, Mubarak "abriu" o governo. Empossou Omar Suleiman (chefe de Inteligencia egípcio) como vice-presidente - cargo que nunca havia sido ocupado nos 31 anos de seu governo - e Ahmed Shafiq (Ministério da Aviação) o novo primeiro-ministro.

A abertura pode ser significativa para um governo ditatorial, contudo insuficiente já que novos rumos e liderança parecem consolidar-se. Hoje, vários grupos políticos, inclusive a Irmandade Muçulmana (maior movimento de oposição), indicaram seu apoio a ElBaradei como líder de um eventual governo de transição.
 
Espera-se ansiosamente pela restauração da paz no Egito, da mesma forma que pela saída de Mubarak da cena política. Tudo aponta para isso, mas a política no Oriente Médio possui uma lógica muito própria.

um beijo, um abraço ou aperto de mão,
Babi

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