Última semana de Passione! Finalmente!!!!
Os motivos da minha alegria ante esse término? Na minha modesta opinião, é a pior novela de todos os tempos. Por que?
- O ponto de partida foi um grande equívoco. Fraquíssimo: um emaranhado de situações limítrofes e pouco críveis em torno da paixão e da vingança entre brasileiros e italianos. Como a condução do autor, Silvio de Abreu, foi bastante infeliz, ao final da trama tanto amores quanto ódios parecem desfigurados e/ou baseados em falsas premissas.
- O triângulo amoroso Agostina-Berillo-Jéssica foi cansativo. Se serviu para alguma coisa, foi desmistificar a falta de talento de Gabriela Duarte, que rompeu o estigma do sobrenome e a inadequação aos papéis anteriores.
- O sotaque chatééérimo (e muitas vez mal executado) da italianada e as expressões idiomáticas repetitivas - "ecco", "schifosa, "figurati", etc. Longe de tornar a estória realista, só cansaram meus ouvidos. E o pior é ouvir essas barbaridades na rua! Babaquice.
- O enigma do bebê Olavinho (Carlos Daniel Barbosa Gomes da Silva). A novela teve poucas passagens de tempo, mas de qualquer maneira houve quem casasse, separasse, quase casasse, engravidasse, parisse, morresse... e a mesma criança interpretando Olavinho. Só pode ser o Hipoglós!*risos*
A propósito, houve total desatenção às passagens de tempo. Por exemplo, no capítulo de ontem, Danilo (Cauã Reymond) disse estar há quase 1 ano limpo... CO-MO-AS-SIM?!
- O inverossímel excesso de conexões familiares. No final, quase todos os personagens pertencem à família Gouvea por parentesco, casamento ou consideração.
- A trama de mistério em torno de assassinatos (em série ou não) são uma marca do autor. Mas em Passione foi tudo muito chato, soou como recurso tapa-buraco para segurar a estória e alavancar a audiência.
- E, falando em especulações que superaram as expectativas, o "segredo" de Gerson foi hors-concours. Coisa mais sem graça "sexo sujo" e depravações online. Patético!
- A falta de lágrimas da Maitê Proença nas cenas que exigiam muito choro e emoção por parte dela. A atriz parece bastante bonita para idade que tem, mas seu rosto está inexpressivo.
- A cantina italiana onde não haviam cozinheiros, apenas garçonetes, mas os raviollis, espaguetes estavam sempre quentinhos nos pratos dos fregueses.
- A mudança radical de Fred Lobato (Reynaldo Gianecchini), sem que houvesse resquícios nem quem pusesse reparo. A personagem saltou de trambiqueiro semi-analfabeto do início da trama a golpista de colarinho branco. Isso tudo sem a menor transição - ele acordou educado, bem-vestido e perfeitamente bilingue. Sem contar a cena da fuga da polícia, também foi bem tosca.
- O núcleo dos Souza e Silva, encabeçado por Francisco Cuocco e Irene Ravache. O cotidiano dessa família era simplesmente inacreditável. Além disso, as cenas pareciam esquetes de Zorra Total introduzidos (às vezes sem sucesso) no contexto da novela.
- A ressureição de Totó (Toni Ramos). Sem comentários!!!
- As reviravoltas - excessivas - descuidadas e/ou mal construídas. A Clara que era má depois ficou boa, mas era tudo fingimento; Melina morrendo de amores pela filha de Mauro e Diana; o vai-e-vem Jéssica/Berilo/Agostina; a patetice da Kelly, enganada pela avó, Valentina que tenta vender a menina, e pela irmã, Clara; o parentesco de Laura e Arthurzinho; o irmão de Diana, que apareceu e em seguida escafedeu-se....
Mas tiveram umas duas ou três coisas que destoaram:
- É sempre bom ver Fernanda Montenegro em ação, mesmo numa estória tão fraca.
- A música da abertura, do maravilhoso Lenine.
- A trama dos atores mais idosos, como Cleide Yáconis e Leonardo Villar. É difícil haver papéis para eles hoje em dia.
- Campanha de combate às drogas, especialmente o crack, são sempre válidas.
O saldo é negativo, mas felizmente está acabando. E já vai tarde.
um beijo, um abraço ou aperto de mão,
Babi
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