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terça-feira, 12 de julho de 2011

O universo ao meu redor

Uma noite, antes de dormir, você se dá conta de que tantas coisas que menos desejava aconteceram.

Como dormir? Não deixar o desespero bater resolve a questão? Controlar todas as emoções com a destreza de um iogue e evitar um ataque nervoso resolverá tudo? Dar vazão a todas as frustrações num rio de lágrimas desafoga?

Agora, só sei que estou péssima e isso me basta. Ah, quem dera a sabedoria da minha avó agora funcionasse: nada melhor que uma boa noite de sono, por que ao amanhecer tudo é sempre diferente.



Nas centenas de canais de TV não há nada, nem um filme de contenção aqueles que, na hora do aperto, divertem e distraem pq já foram vistos dezenas de vezes. Enquanto isso várias perguntas começam a rondar minha cabeça feito vagalumes...

A vida é justa comigo? Sou eu suficientemente justa para a vida que eu desejo ter?

Dizem que o tempo de Deus não é o mesmo que o meu. Ok, mas quando? Uma das coisas que eu mais quero é saber que meu pai está curado do câncer.

E quanto a você... Será que sente a minha falta na sala de aula? Ou já passou a saudade e com isso você também deixou de se importar?

Será que algum dia, um único dia, você perdeu alguns minutos para pensar em mim? Passou pela sua cabeça importante, intelectual e cheia de compromissos algum arrependimento?

Diz a verdade: sua nova namorada é melhor que eu? Você gosta mais da comida dela do que da minha? ela sabe cozinhar, a propósito? Vocês também batem altos papos sobre futebol? Ficam horas conversando sobre música e cinema? É fácil rir dela, com ela, da vida que vocês têm levado ou do seu mau-humor matinal? Ela é melhor que eu na cama? Ela se importa com você, com as suas coisas, curte o seu mundo e quer sempre te ver melhor? Você já conseguiu esquecer o meu perfume?

Decepção? Já sabia que meu time ia perder domingo. Tudo bem, estava tranquila quanto a isso. Mas será que precisava perder jogando bem? Já que resolveu jogar bem não podia ter ganhado o clássico? Não... tô pedindo muito, esse coração (e tantos outros) precisa de uma dose extra de sofrimento.

E você, será que ainda queria me ter como sua orientanda? Será que ainda hoje enxergaria algum potencial em mim? Ou não há mais motivos para me admirar?

Acha que algum dia ainda vou ser uma historiadora como sonhei quando decidi fazer vestibular? 

Você acha que seus novos amigos e amigas são mais divertidos, leais e interessantes que eu? Seu mundo é tão diferente hoje que já não há mais lugar para mim?

Vai tudo dar certo ou já é hora de mudar? Posso ficar sem prejuízo aonde estou, ou conforto nem sempre é a melhor opção?

Vai lá, me diz, de verdade: sou uma boa professora? Dá para ouvir minhas aulas sem querer morrer? Sem querer me matar?

Eu te faço alguma falta?

Quando a luz dos vagalumes-perguntas somada a da televisão deixaram o quarto tão claro feito dia, o melhor a fazer foi esconder o rosto sob o travesseiro e as cobertas...

Adormeci para sonhar com as respostas mais esdrúxulas.

Sono intranquilo, nem preciso dizer. E uma pergunta hiperresistente deu boas-vindas ao amanhecer nublado: quando eu vou ser feliz de novo? 


Felicidade de verdade, não essa de depois de comer torta de chocolate...

Babi

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