Como tudo que é feminino, a bola preza ser bem tratada.
De fora, o espectador pode pensar que ela foi conquistada por esse ou aquele time; designar-lhe vários amantes; ou acreditar que ela foi seduzida pelo talento das jovens promessas ou jurou fidelidade ao talento do velho craque. Equívoco... É ela que controla o destino de todos eles.
Voluntariosa, por vezes deixa-se dominar pelos pés dos atacantes. Outras escolhe a testa dos zagueiros rumo à rede, impondo aos artilheiros um longo jejum. Noutras, ainda toma como aliada a trave e brinca com os nervos das multidões que a adoram.
Por puro capricho, a bola deixou Diego Forlan praticamente um ano sem marcar gols pela Seleção do Uruguai, para desencantar hoje, com dois gols na final da Copa América. Subiu, e muito, para contrariar a Seleção da CBF e os entusiastas do futebol brasileiro sob a gestão Mano Menezes.
Apesar de Fred, Rafael Sóbis e Ciro estarem em campo, a bola escolheu a cabeça de Marquinho para interromper a sequência de derrotas do Fluminense, na vitória de 1 x 0 sobre o Palmeiras, em Volta Redonda. E permitiu que o Cruzeiro, jogando como time pequeno, vencesse o Corinthians, encerrando a invencibilidade do ainda líder do Brasileiro.
Pobres daqueles que pensam ser os astros do jogo ao invés dela. No futebol a bola pode contrariar os pés mais habilidosos...
Saudações Tricolores,
Babi
Nenhum comentário:
Postar um comentário